domingo, 3 de janeiro de 2010

Céu de Verão.

Azul crescente, estrela cadente, lua minguante, solidão errante.
A noite teima em ser dessas lindas, iluminadas, insólitas.
E me leva para lugares distantes...
Para uma praia um pouco longe daqui, para um tempo bem distante.
Que são seis anos afinal? Seis?! Mas tudo isso??
Devo estar fazendo conta errada... Não é possível.
É. É possível, e é verdade.
Me fez lembrar daquela noite, deitada na grama do jardim. Tocava Los Hermanos, tinha lua cheia, e o céu estava bonito assim.
Não tenho um amor como aquele, pueril, desde então.
Foi a última vez que amei só com amor, sem tesão.
Foi o último suspiro de menina sem mulher. De um rosa sem vermelho.
Era um rosa bonito... Mas aaah! Ficou bem melhor com o vermelho. Sem dúvida.
Talvez se tivesse permanecido o rosa as coisas também estariam ainda daquele jeito.
Nossa! Ainda bem que hoje sou cem por cento vermelha.
Não suportaria olhar pra mim e ver aquela menina fracassada, sombra.
Não tem espírito de sombra. Jamais poderia ser feliz assim.
Hoje me parece tão óbvio? Por que será que naquela noite era tudo o que eu queria?
Era tudo que eu sonhava ser...
Incrível!

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