quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Fevereiro.

O mês está quase no fim... Escrevi tão pouco, senti tão pouco...
Até li, muito, bastante. Coisa à beça mesmo. Shakespeare, Huxley... Coisas boas. Outras bacanas também, Woody Allen, sei lá quem mais...
Trabalhei, corri, aproveitei o carnaval. Foi até um mês gostoso, de mudança e atitude. Mas foi um mês longe de mim.
Quero ver se março vai ser um mês mais meu, mais perto de quem eu sou e de quem eu quero ser. Quero ver se me descubro mais, se me jogo mais, se estudo (MUITO), se corro mais atrás.
E não quero só ver, quero fazer, e vou fazer. Vou realizar. Vou me realizar. Vou realizar cada um dos meus sonhos, um por um deles. Todos juntos, de uma vez por todas.
Ai vou criar novos...
Para março quero tudo novo. A faculdade nova já tem que começar com cara de nova, com projetos, trabalhos, sonhos... O trabalho tem que ser ainda mais gostoso, tenho que realizar mais, crescer mais, aprender mais. Aprendo todos os dias, cresco todos os dias. Qualquer hora chego lá. Acho que tudo que tenho de paixonite é tão vazio. Podia tanto ter alguém de verdade para eu me apaixonar... Quero ler ler ler ler até morrer de ler, e escrever, escrever, escrever... E também ir ao teatro to-da-se-ma-na. Porque já me prometi isso mil vezes, e só consegui ir ao teatro 1 vez em três semanas... Nessa média, dá dezembro e eu vi 5 peças... Ai ai ai.
E o cinema? Só pisei uma vez! E assim mesmo pra ver Avatar.... Ai!! Falta tanto pra eu estar onde eu quero...
Preciso que março seja um mês ainda melhor.
Não estou reclamando de Fevereiro, mas, preciso de mais!!

***

Preciso mais ser eu mesma.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Casa/Lar

"Lar é onde o bumbum descança"
(Pumba)

Nunca me senti tão em casa quanto aqui. - #1517

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Minha casa é onde? Sou alguém sem lar, alguém sem descanso, alguém sem reservas. Jogada e sozinha no mundo, pronta pra ele, louca por ele.
Não tenho casa, acaso, descaso. Não tenho um caso, nem sei se me caso...
Quero um lar, um bar, biritar, jogar baralho em casa com os amigos.
Não sei onde estou, não sei pra onde vou. Vou para casa. Ainda não a tenho... Um dia ela há de vir.

***

Carol, vamos ficar ricas tipo NOW?!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Amor, meu grande amor.

Vem pra mim. Diz que era tudo bobagem, que era tudo besteira. Que o tempo não passou, que o amor não passou, que a paixão não passou. Diz pra mim que eu estava errada. Me proíbe! Não me deixa dizer isso tudo pra você... Tudo da boca pra fora... Tudo culpa das borboletas, tudo culpa do fogo... Tudo culpa meio minha, meio sua. Tudo.
Diz pra mim que eu sou uma tola, que eu no fundo ainda amo você, que nada daquilo transborda assim... Diz que eu estou viajando, que não tem nada a ver te deixar assim, logo agora, logo quando pode, logo que dá.

Não queria esquecer agora... Por que nem eu me entendo? Por que tudo é tão complicado!?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Entrando no armário.




Se a vida oferece uma nova chance de escrever uma história, porque não tentar?

André era daqueles homens solitários. Do tipo clássico de solidão. Pouco amigos, vive só, liga para a mãe uma vez a cada quinze dias, por obrigação e não por saudade. Cada noite se deita com uma mulher. Nenhuma delas é capaz de satisfazê-lo. Ana, Clara, Julia, Maria, Tati.
Ana acreditou que pudesse mudá-lo de alguma forma, investiu seu tempo, seu amor, dispendeu saúde, dinheiro, férias. Nada mudou. Continuaram juntos, noites adentro, sem carinho, sem cumplicidade. Só havia tesão, e ela não se perdoava por permitir.
Clara foi a paixão tórrida. Durou apenas alguns dias. Naqueles, ele se sentiu vivo. Depois tudo foi morno, depois tudo foi frio, depois ele parou de ligar, depois parou até mesmo de atender. Parou aos poucos de desejar, e quando viu parou de querer. Nunca mais se falaram. No peito uma pequena nesga de aflição, velada e intrínseca.
Julia era uma prima distante. Desde muito jovens saíam juntos, bebiam garrafas de vinho, acabavam num hotel qualquer. Falavam besteiras, riam até o dia clarear. Se despediam como bons amigos. Cada um continuava sua vida, como se nada tivesse mudado, até o próximo encontro casual.
Maria era sexo. Ela gostava, ele gostava. Se entendiam na cama. Melhor que com qualquer outra.
Tati foi a única com quem ele pensou em se casar. Não porque a amasse, ou porque houvesse muita paixão. Mas é que dona Adália gostava dela, e, se havia algo que ele prezava, era a paz entre a mãe, e qualquer que fosse a mulher ao lado dele. - Nessas horas, melhor não contrariar - Pensava.

Acordou depois da hora do almoço. Era um sábado de outubro e o tempo fresco. Tinha fome, mas um café bastava. Pensou em algum delivery, mas não ia saciar. Não era fome de comida. Era fome de vida.
Pegou o carro, meio que por impulso, e se jogou nas ruas calmas da cidade. Olhando os prédio do centro, cheios de seus vidro reflexivos, e de sua vida apagada, sentiu-se calmo. Não era o único, naquele mar de gente vazia, a caminhar só.
Entrou numa galeria de arte, só pra ver se ali se encontrava. Enquanto deslizava sobre o chão de madeira, deixava um rastro de desamor e pequenez.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Tudo novo de novo.

Estou sem os acentos, o que nao me impede de escrever, mas toma um pouco da poesia. Sei que depois nao vou acentuar, porque a preguica rege sempre e porque bem ou mal perde o sentido colocar os acentos em uma coisa que nasce e vive sem eles por algum tempo.
Verdade eh que muitas, ou quase todas as palavras acentuamos, nao precisam tanto do acento quanto o acento da propria palavra. A palavra se torna uma dependente vital do acento, mas por pura e unica decisao propria. A palavra se sente esquisita, estranha e vazia sem ele. Tudo ilusao. Ela nao precisa dele. Ela tem vida propria, ela se basta.
Por exemplo. Propria. Voce entendeu? Todo mundo entendeu. Nao morreu porque o acento nao estava ali. Faltou um pouco... Mas em tudo sempre falta; nunca tudo eh tao. O acento era o complemento. Era o que faria perfeito. Ninguem eh perfeito mesmo. Pra que precisamos ser completos?
De repente, quando se desapega, tem crescimento. Propria eh muito mais dona de si sem o acento. Voce eh muito mais dono de si sem o acento. Alegria, paz, plenitude e amor ja se desapegaram. Elas nem acento tem...

Maior que eu.

E eu que pensei que cada vez que nos encontrássemos o amor diminuiria, me enganei redondamente. O encontro me faz renascer, faz o amor florescer dentro de mim, faz a alegria transbordar, e o meu sorriso é o maior e o mais real entre todos do universo.

Não sei se existe uma definição de amor que alcance isso tudo. É como amor de irmão, de pai e mãe, é como amor de filho. É tão grande, tão infinito, tão descabido, tão maior que tudo... E é meu, nosso, é cumplice, é amigo, é gargalhada, sintonia, é alegria e é reclamação, reinação, falação... É amor em todas as melhores formas de amar, e ainda mais, sempre mais e sempre maior.

#1517, hoje eu queria dizer apenas que vocês me fazem a cada dia uma pessoa mais feliz, apenas por serem meus, meus irmãos, minha vida, meus amigos, meus tudo.