sexta-feira, 17 de julho de 2015

teletransporte

tenho uma imensa capacidade de me teletransportar. não fisicamente, ainda. mas é teletransporte porque eu sinto tudo, eu vejo tudo.
agora mesmo eu estava na california (onde eu vou estar quando tudo der certo). o sol estava batendo na minha pele, leve e delicioso. quente mas absolutamente agradável. eu andava num sapato de salto baixo, um vestido leve e óculos escuros. meu cabelo estava solto e com cheiro de shampoo. e quando eu andava o meu cabelo dançava e o cheiro do shampoo vinha no meu nariz - e essa é uma das sensações mais deliciosas da vida. eu via a rua, as pessoas, as árvores, os carros, as lojas. e eu cantarolava a música que ouvia no meu celular. tocava "iron & wine" - que é o que eu estou ouvindo agora, porque descobri essa banda essa semana e estou apaixonada e vou no show deles em setembro e vai ser demais.

e é sempre assim. me teletransporto pra onde quero, pra onde gostaria de estar, pra onde sinto saudades. as vezes vou a itaperuna. acordo na minha cama com um beijo de bom dia da minha mãe. o sol entra pela fresta da cortina e bate no meu edredom colorido, e o harry potter está na cabeceira, do lado do meu celular, que toca dido. e o papai logo vem, avisando que o café da manhã está na cama... ele desce, liga a música. eu desligo a dido e me esparramo um pouco na cama, desço de pijama e sem chinelos.

e tem vezes que eu vou a fort myers. eu amo ir a fort myers. porque também tem o sol - sempre tem o sol, e essa minha relação com o sol é forte e linda e deliciosa. o sol me traz pra vida - batendo na roupa preta do uniforme do chillis, os crocs passando na grama, olho pro lago pra ver se não esbarro acidentalmente num alligator. não. ainda bem. vejo a piscina. vontade de voltar e por um bikini e não seguir a viagem. mas ai tem o carro, e as pessoas, e os sorrisos, e as caras de sono - de quem ainda não acordou e de quem ainda nem foi dormir - e tem o mike. (parei para deixar um recado no facebook do mike. fiquei com saudades dele) e ai vamos indo na van, com o sol batendo e o ar gelado. até chegar no aeroporto e fazer um imenso jogo duro pra cruzar as portas, deixar o sol de fora.