terça-feira, 29 de março de 2011

domingo.

E será que dá, pra, num domingo desses, qualquer, eu acordar na minha cama, com aquele calor gostoso e o corpo suado, o roupão jogado em cima da mesa, e a luz de cabeceira vermelha acesa, e o edredon colorido em cima do corpo quente, e os travesseiros muitos espalhados pelo quarto todo, e demorar mais ou menos meia hora pra juntar forças e olhar no celular que horas são, e rir sozinha na cama ouvindo o meu pai cantando muuuito alto os dois discos que ele tem e ama do jamelão, e depois conseguir levantar cambaleante até o banheiro, e depois olhar no quarto de ciro e ver se ele ainda dorme, e depois olhar na cama da minha mãe, que ainda está desarrumada, se alguém ali vai me dar um pouco de colo e sensação de bem estar, e descer as escadas já sorrindo imaginando a mesa do café posto e a bagunça dos jornais, e ver meu pai sentado na poltrona estampada, com seus oclinhos e os braços estendidos para ler o jornal melhor, e o copo de wisky sobre a mesa de centro, e na cozinha aquela bagunça habitual de domingo, e as coisas que ele sempre faz para a gente beliscar que eu adoro, e a mamãe de camisola, tomando uma caipvodka de lima da pérsia, e os beijos e abraços de bom dia, e os outros beijos e outros abraços, e aquela coisa boa de estar em casa, e ser domingo, e saber que nada na vida pode ser melhor que tê-los por perto e sempre presente, e beliscar alguma coisa, folhear a revista de domingo, ler a martha medeiros, o xexéu e fazer as cruzadas, e comer o carpaccio, e catar os aspargos, e abrir a geladeira e pegar a coca-cola gelada, e escolher o que vai ter para o almoço, e trocar o cd, e cantar junto, e mais beijos e abraços?

sexta-feira, 25 de março de 2011

Eu quero.

E assim, como tudo deve acontecer, vou deixando o acaso sozinho escrever o que há de vir. Jurei, para mim, por mim, que, haja o que houver, só entra na minha vida agora se eu tiver certeza, e desde o primeiro segundo a mais pura e absoluta certeza, de que meus pés vão sair do chão.

Não sei bem se é esse o significado de deixar o acaso agir, já que essa regra está delimitada. Mas é quase... Dá pra entender minhas razões?

Quero emoção, e não razão. Quero paixão, e não certeza. Quero tesão, e não conforto. Quero abuso, exagero, excesso. Risos, lágrima, plenitude, choro, vela. Quero que as emoções fiquem bem à flor da pele, para sentir tudo de verdade e muito.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Closer.

Longe como nunca. Amor nunca mais. Lembrança mais nada. Carinho nada além.
Egoísmo. Seu. Dela. Todo.

Era só um olá. Só um "lembrei". Só uma besteira. Um carinho. Ca-ri-nho.
E ai? Tudo errado...
Tudo às avessas.

Lembrei de quando era comigo. Isso me frustrou. Não era assim.
Era doce e gentil. Jamais rude ou áspero. Jamais direto, deselegante.
Sequer combina essa coisa de ser deselegante.
Mas é assim que o homem obediente faz...
Bem que me disseram que você tinha virado uma pessoa bastante obediente.

Não sabia que isso queria dizer grosseiro.
Taí uma característica que não era sua...
Pelo contrário, aliás. Das suas qualidade, a maior sempre foi a gentileza.

Engraçado como as coisas mudam...

Tudo muda!

Mudou completamente o que eu sinto por você.
Antes, algo maior que eu, e você, e o mundo todo num suspiro.
Ontem, um carinho que me deixava feliz com as boas memórias.
Agora, um vazio de imaginar alguém sombra.



Assim como eu me olho e sinto pena de mim, porque um dia fui sombra.
Sua.
Sombra sua.
Hoje eu sinto por você. Ser sombra.

E o pior, sombra sem brilho, de alguém completamente sem luz.

Não esperava essa pobreza toda...

E será que isso tudo é devido a que?
Insegurança??
Aquela insegurança tola das que sabem que não são únicas?
Ou aquela insegurança tola daquelas que sabem que são únicas?

E você? E esse comportamento tão torpe e confuso?
Por que quando com ela, de uma grosseria sem igual; e quando longe, aquela pessoa educada por quem eu um dia me apaixonei?

Ela tirou o melhor de você... Assim como todos um dia me avisaram.
Engraçado a sua fraqueza!

Logo você... Logo você... Logo você! Lo-go-vo-cê!
Aqueeeele, que todos diziam ser forte, cheio de si, rei de tudo, do mundo, de mim, delas, de onde quer que seus olhos tocassem.

Onde está você? Onde está seu brilho?
Se escondeu por trás dos cabelos oleosos e do sorriso amarelo?
Ou se escondeu por debaixo das sobrancelhas mais belas e do olhar mais charmoso de todo o universo???

Há muito não sentia que precisava te escrever. Há muitos anos isso tudo me foi.
Hoje, tinha voltado uma saudade carinhosa, quando te identifiquei na tela.
Agora, me restou a decepção de ver aquele que era só brilho, apagado, e sem jogo de cintura, e mudo, e gago, e sem resposta, e inerte, e fraco.


Parabéns :)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Delicia de sexta...

As minhas coisas de hoje que salvaram o dia.

1) Acordar cedo, por livre e espontânea vontade.
2) Arrumar a mala, e ver as roupas novas que comprei, cantando Dido na maior altura.
3) O suco de melancia super delicioso e gelado que a dona Dina fez pra mim.
4) Ter cabido tudinho na mochila. Travesseiro, edredom e todas as produções do fim de semana.
5) Descobrir que a manicure do salão vai em casa e que eu posso fazer unha antes de ir pra faculdade toda sexta-feira.
6) Pegar o ônibus vazio e com o ar condicionado numa temperatura tão suportável que estava quase agradável.
7) Almoço com toda a equipe do trabalho.
8) Os posts do blog hoje.
9) O brownie da Lu e o biscoito de nozes do Bê.
10) Uma ligação deliciosa no meio da tarde, só pra ouvir a minha vozinha morena preferida no mundo todo.


(...)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Insognia.

Essa noite tive mesmo uma insônia daquelas. Acordei e não dormi nunca mais. Enumerava, uma a uma, as obrigações para hoje. Pensava no blog, num, noutro. Pensava em levantar e escrever. Pensava no pijama, e no ventilador que eu odeio mas não podia nem pensar em desligar se não a Anna me matava. Pensava no frio que fazia, e na vontade que eu tinha de fazer xixi. Pensava no remédio que eu tinha que tomar, e no que eu devia ter tomado há vários dias para não ficar curtindo um resto de sinusite no resto do carnaval. Pensava no trabalho, em como eu já não sou mais a mesma pessoa no trabalho. Em como eu agora já não faço tanta questão das coisas, e nem das pessoas. Pensava em como tudo muda em todo lugar. Em como muda até no #1517. E mudar não tem nem a ver com melhorar, ou piorar. Tem só a ver com o tempo. Tem só a ver com a vida.
É aquilo que a Summer diz. É que acontece aquilo que seeempre acontece: Life.
E ai fora isso tudo, eu pensava sem parar no calor do Rio, que era bem o que eu queria no meio dessa noite. E pensava em como eu queria estar dormindo e não estar acordada em plena madrugada. Sem poder ler, sem poder escrever, sem sequer poder ligar o computador.
E ai eu voltava a pensar no blog. E queria adiantar algumas coisas... E ai não conseguia. Não podia. Não podia ligar a luz, nem o computador, nem desligar o ventilador.
Desgraça de insônia. Desgraça de coisa que toma meu tempo.
E eu que adoro e odeio essa insônia, hoje odiei com uma força incrível, mas sobretudo por causa dessa dor na coluna que está insuportável.
Estou escrevendo feito uma maluca, sem parar, sem respirar. E pensando assim, na mesma velocidade. E sequer estou escrevendo vacilante. Sequer estou pensando nas letras e nas palavras, e nas frases, e nessa loucura toda.
Acho que é melhor me acalmar. Melhor acalmar essa cabeça. Melhor deixar as coisas calmas, porque jaja devo voltar a me deitar, e eu hoje quero dormir de verdade. Hoje eu quero dormir e descansar.
Amanhã é meu último dia aqui. Quero aproveitar.
Boa noite.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Meus amores,

cada um de vocês me vale muito. Todos juntos num só. Um pouco em cada eu. Um pouco eu em cada você.

Meu amor. Meu amor. Meu amor.
Amor próprio. Amor meu. Amor nosso.

Amores. Sabores. Cores. E flores.

Amor. All of that thing...

terça-feira, 8 de março de 2011

Nao são os meus...

Nem todos são os meus. Os acentos tampouco são os meus. Mas são meus agora também, porque me fazem sentir bem. E talvez seja o vinho e essa coisa de ficar assim de pilequinho o dia todo, e de comer massa e tomar sorvete, e ahh, o vinho, tem vinho.

E hoje foi dos dias um dois bons, daqueles muito bons. Daqueles que me dão vontade de sempre repetir. E de pessoas daquelas que eu já sabia que ia amar, e que gostei mesmo... Mesmo quando me execram. Mesmo quando dizem que eu faço o que quer que seja e que eh ruim e cretino.

E aí que essa música anda me inebriando. Ou vai ver êh o vinho. Ou vai ver êh só esse jeito de ser eu mesma.......