sábado, 31 de agosto de 2019

uma bad daquelas

dudu ta tendo uma bad.

que merda. logo ele que nunca fuma na vida, foi tomar esse oleo preto, pra melhorar a dor nas costas.
acontece que eu nao tomo esse óleo há meses, desde que ele me deu aquela bad na disney.

e agora o dudu ta super mal. já vomitou. já teve piriri. tá com o coração acelerado.

imagina a porra da minha culpa.

***

além disso é sempre ele que cuida dos bichos antes de dormir.
e ai eu tava divididíssima entre cuidar dele, guardar as coisas do jantar pra poder soltar os bichos do quarto, arrumar a cozinha, antes que os bichos fossem roubar comida, colocar comida pros dois... ai meu deus.

mas depois de controlar a situacao dudu, de controlar a situacao banho do dudu, de colocar dudu na cama, de correr atrás do lula pela casa até cansar, de conseguir arrumar tudo na casa, de guardar toda a comida e arrumar a cozinha, de colocar água e comida pros bichos, voltar pra cama e ainda encontrar ele acordado me deixou preocupada.

ele precisa dormir.

quanto antes ele dormir, melhor. na verdade o único remédio pra isso que ele tá sentindo é sono, bem tomado. daqueles de roncar de preferência.

***

to com culpa pela bad do dudu, e to morrendo de culpa pela fome do pastrami e do lulinha. esses dois estavam sem água e comida no pote (eu sei que elees tinham comida hoje a tarde, mas enfim, estavam famintos).

foram la fora e devoraram tudo de uma vez só.

o pastrami estava com tanta fome que eu vim pro quarto e ele nem veio atrás. ele acabou de chegar. ficou lá comendo sem parar durante todo o tempo que eu estava aqui digitando esse texto.

***

to pensando em deixar a porta do quarto dormir aberta. assim o lula faz o que quiser.

aqui tirei todas as coisas que ele gosta de jogar no chão, fechei a porta do banheiro.
se ele quiser jogar coisas no chão, vai fazer isso na sala, onde ele não vai acordar ninguém.

além disso ele não vai ficar na porta pedindo pra entrar, ou sair. e se ele quiser ir ao banheiro ele é livre.

***

pastrami já está na minha cama, dormindo no pé do dudu.

dudu está respirando super alto. alto que já é um ronquinho baixo.
tomara que seja mesmo isso.

lulinha pelo visto já comeu e já está de bucho cheio.

pastrami tá aqui de baixo do edredom me cheirando, sem entender porque eu to do lado de ca da cama, e o pai dele do lado de lá.
a razão, no caso, é porque assim ele ta mais perto do banheiro.

***

to com medo de dormir.

e se ele passar mal e estiver fraco e não conseguir me chamar?
e se ele tentar levantar e não conseguir andar até lá sozinho?

e se a pressão dele cair?

enfim, preocupações bobas. é claro que se ele precisar eu vou acordar, mas ele não vai precisar. ele só precisava mesmo vomitar, tomar um banho, bastante água e dormir.

e agora ele já está dormindo gostosinho do meu lado.

***

amanhã ele vai acordar e eu quero muito saber se ele vai se lembrar de tudo isso.

agora, antes de dormir, ele poderia jurar que amanhã ao acordar ele ainda estaria assim, completamente louco.
e não importou o número de vezes que eu eu disse pra ele que ninguém nunca ficou nessa trip pra sempre.

mas na verdade eu nem tenho certeza dessa informação - de maneira técnica eu quero dizer. porque bad é normal. e o sono sempre cura.

woody allen

pra fechar o dia com chave de ouro, quis assistir vicky cristina barcelona.
mas essa merda não está disponível em NENHUM canal do roku, em nenhum serviço de streaming, em nada.
e custa 10 fucking dolares pra alugar. to fora, obvio.

vou assistir um outro filme do woody allen, um mais novo. não lembro o nome.

chegou aquela hora, de tomar coragem de assistir alguma coisa dele, dissociando a obra do artista.
pqp. que ódio que dá saber que um dos meus diretores favoritos é um escroque.

enfim. vou assistir o filme.

não-furacão

o primeiro dia de não-furacão foi aquilo tudo que ele podia ser:

calmo, lento, gostoso, quente, frio, agito, leve, forte, intenso. que delicia. como é bom ter um dia assim.

pelada / de roupão / banho de banheira / calcinha e camiseta / pelada / banho de banheira / calcinha e camiseta e meia e todos os cremes do mundo / maconha / comida / cerveja

***

hoje eu assisti um monte de coisa boa na tv.

i. a final do americas next top model, temporada 01, que fez a gente refletir e questionar bastante o quanto o mundo mudou de 2013 pra cá. surreal a diferença. insana.
a minha favorita (hoje, né - vai saber se seria a minha favorita em 2003 também) era claramente a melhor, mas foi embora pqe era inteligente demais. INTELIGENTE DEMAIS NAO PEGA BEM PRA UMA MULHER.

oh fuck.
thank god que a gente evolui. hehe

ii. woodstock, o documentário. que delicia de coisa pra se ver, dessas que da frisson e fé na vida. agora acho que esse vai ser meu assunto preferido por um tempo. eu vou ficar ficiadinha em woodstock.

iii. eu comecei a ver um outro doc sobre a galera da era woodstock e como eles viraram os maiores idiotas do mundo e votam no trump. o dudu ja tinha visto e eu tava meio com preg. nao tava nao pique. ai desisti no meio. ha

acontece. comigo quase todo dia, no caso.

iv. queer eye: sempre um episodinho pra encher o coração de fé na huminidade.

que bom que eu tenho assistido coisas que me fazer bem. o que me faz mal, ecath. só não quero.

no meio disso eu ainda acabei um episodio de madam secretary. caraca. haja netflix nesse dia. haha

***

ah. e o furacão não vem mesmo pra cá.
melhor coisa.

não vai ter furacão, provavelmente...

acabei de acordar e o dia está bonito, e a notícia é de que não vamos ter furacão aqui em miami dade.
ainda pode mudar, sempre pode, mas parece que vai ser mais tranquilo do que a gente estava esperando. que bom.

agora que já temos comida e preparação emocional para um final de semana inteirinho de ficar em casa, trabalhar, produzir, ficar criativos, comer... me vem essa noticia.

desprepare-se.

claro que o dudu que já se organizou todo pro furacão agora quer viver como se o furacão fosse passar. não dá pra mudar os planos. aceita que é isso ai. que vamos ter que pegar esses dias e fazer deles "dias de furacão".

ai que coisa chata.

das coisas chatas do dudu, acho que o "não" é a que eu menos gosto. logo na sequência vem isso. essa necessidade de seguir o plano, de fazer o que ele se comprometeu emocionalmente pra fazer.

e eu sei que eu sou livre e independente para fazer o que eu quiser, mas isso acaba desembocando numa necessidade que eu sinto de fazer coisas em boa companhia, e não poder contar com a minha companhia favorita porque ele já está emocionalmente entregue aos seus compromissos firmados com ninguém, imutáveis.

eu entendo que ele faz isso porque é assim que a cabeça dele se organiza. e tudo bem, a minha se organiza com a casa em órdem, a rotina, a repetição das coisas, o escrever. a dele, com programação e a necessidade de seguir a risca o combinado - mesmo que ele só tenha combinado com o cérebro dele.

mas é muito chato.

o dudu nunca vai responder um "vamos?" com outro "vamos!".
hoje mesmo eu acordei e tava olhando o instagram (coisa que eu não to muito afim de fazer nas manhãs, por isso já deixei o celular e vim aqui escrever) e tava vendo um perfil de famílias que saem em vans para conhecer o mundo.

eu chamei ele e disse: a gente devia fazer isso. se organizar, juntar uma grana, pagar as nossas contas, e quando acabar o nosso contrato aqui a gente ir conhecer os estados unidos.

ele antes de qualquer coisa colocou dois problemas: o pastrami e o green card.

porra, da pra sonhar quinze minutos antes de vir com os problemas?
e o pior... que ele fala um sim torto, já colocando defeito em tudo, que eu sei que é pra me agradar. que eu sei que ele fala aquele "ahan, podia sim, mas..." só pra eu não ter argumento quando eu falo que tudo ele fala não.

eu não falei: vamos agora comprar uma van e sair viajando o país. a gente ainda tem 10 meses de contrato nesse apartamento. eu acho que é tempo o bastante, se a gente de fato construir um sonho assim, de se organizar e ir.

ou então, mais ainda, se vamos esperar o green card, temos ai pelo menos 1 ano e meio, dois... não falta tempo. falta é aquele sentimento de let go. de vamos vamos. !

a sorte dele é que eu só consigo listar esses 3 defeitos nele: o não, o plano e a lerdeza.

no mais ele é mesmo incrível. doce, amoroso, inteligente, carinhoso, paciente, amigo, leal, criativo, entusiasta (salvo a parte que ele diz não pra tudo primeiro, e depois pensa, e ai vibra).

não dava pra ser perfeito né?

***

eu só imagino o que ele diria de mim nessa posição. se depois de ouvir uma coisa que ele não gostou de mim, ele sentasse pra escrever os sentimentos dele, o que será que ele diria? será que ele veria meus defeitos com clareza? será que ele seria raivoso, odioso, ou carinhoso e leve?

como será que ele veria isso tudo?

como será que ele se sente quando eu sou uma porteira de tão grossa? quando eu não sei como reagir a alguma coisa e coloco a culpa nele? ou quando eu simplesmente mudo todo o combinado em cima da hora sem nenhum remorso?

será que são esses os principais defeitos que ele vê em mim? será que são essas as coisas em mim que mais imcomodam a ele?

***

eu amo tanto esse menino lerdo.

agora mesmo, to aqui pensando: vou acabar de escrever, levantar, fazer o café, colocar a mesa pra quando ele chegar. montar uma mesa bem gostosa, pra nós dois, cheia de amor, de delícia, de carinho.

vou colocar uma música, vou colocar a mesa, vou viver esse dia - meio do meu jeito, meio do dele.

droga, ele chegou.
demorei demais!

lá vou eu. :)

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

sobre a perda de tempo

das coisas que eu odeio em mim, acho que uma das TOPS (haha) é o tempo que eu gasto com merda.

que raiva me da quando eu percebo que eu perdi horas do meu dia fazendo nada no celular. tipo, olhando o instagram (não mais no facebook ou jogando joguinhos pq eu tirei essas bostas do meu celular) ao invés de estar vendo uma série, lendo uma matéria massa, ou fazendo uma aula online.

ridículo.

thanks mama and papa

eu amo escutar silvia machete e cantar a plenos pulmões.
eu amo escutar tantas coisas e cantar alto e junto. e sentir.

eu amo escutar música brasileira.


(tenho um note pra fazer)

- geralmente quando eu posto aqui no insônia eu só escrevo e posto. sem reler. eu só vou reler anos depois. ai eu reparo que eu errei na grafia, na sintaxe, na concordância, na porra toda.

me da uma incomodação infernal, pqe eu sei que nao é falta de conhecimento. é qualquer lapso desses que a gente comete, sem querer e sem sentir - mas que fica se não tem revisão.


dia desses eu escrevi um texto mais longo aqui. e no dia seguinte fui ler. tinha um erro meio bizarro. que eu reparei um dia depois. mas que na hora de escrever eu não vi. e ai ficou lá, errado. e tá há dias me perseguindo.

mas eu preciso respeitar que a minha escrita vomitada não pode ser revisada.
eu só posso revisitá-la quando eu preciso.


***

estava com andreza aqui em casa, e contei pra ela sobre elisa lucinda e sobre como escrever esclarece.

eu acho de verdade que todas as pessoas desse mundo deviam escrever de tempos em tempos. escrever é um ato tão puro, tão limpo, tão forte e tão empoderador.

***

que pena que viemos de um país em que escrever não é valorizado como deveria. em verdade quase nada do que deveria se valoriza no brasil. os valores são muito esquisitos e invertidos.

***

eu fico pensando em quantas vezes eu já pensei que deveria pelo menos tentar escrever a sério uma vezinha que fosse nessa vida. mas ai eu me lembro que eu não tenho criatividade o bastante, nem responsabilidade.

escrever é um exercício muito profundo de compenetração. é um acordo muito fortemente selado.


***

pensando de forma muito rápida - mas sobre algo absolutamente importante - eu acho que tenho medo de assumir certas responsabilidades, sobretudo as artíticas. uma mistura de insegurança, com preguiça, com pouco incentivo ao longo da vida.

(e olha que quando eu falo pouco, eu tive um absurdo se comparado com a maioria. foi pouco pra mim, mas poderia ter sido mais que suficiente pra outros)

(é engraçado como o meu pensar que alguém - mesmo que eu mesma ao reler - pode pensar que meus pais falharam em qualquer ponto na minha educação me causa repulsa. já vou logo deixando bem claro que eles foram perfeitos. e que por favor, tome-se nota eterna disso também. meus pais são os maiores e melhores que pode existir, e eles me deram absolutamente tudo que alguém no mundo pode querer - eles me deram amor, tanto que é impossível de medir, tempo, paciência, educação, instrumentos, acesso, calor, entusiasmo, freio, limite, fogo, incentivo, força, pepé, carinho, cuidado, afago, esporro, abraço, força, ... quanto e tanto. como eu sou grata. uau.)

***

de novo!!!!
escrever me fez de novo lembrar o quanto eu sou grata por esses pais maravilhosos. isso me deu aquele calor no coração, e aquele arrepio nos braços, nos pés, na cabeça.

que delícia que é sentir-se verdadeiramente grata.

***

thanks mama and papa.

silvia machete

sai da sombra e vem pro sol. deixa o nosso amor brilhar.
eu sou fácil de esquentar. é gentil meu feminino frágil.



***





você tem a cara do meu carnaval (...)


***


...

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

111!!!

se eu colocar o botão do 111111111+!!!!!!!! em cima do lugar dele e apertar com força ele funciona. mas ele segura demais, como da pra perceber, e ele só funciona se o computador estiver em casa.
que ótimo.


mas depois de uma terapia em que eu gastei metade do tempo falando sobre como eu entendi o poder do agora nessa noite, eu preciso focar no agora e parar de pirar nisso.

:)

4:25

e agora?

faz o que?

***

4:26

to com aquele sentimento muito bem definido pelo dudu quando ficou chapado pela primeira vez: pensando em muitas coisas.

o problema é que quando a gente ta feliz a gente pensa em muitas coisas. loucas, boas, leves, coloridas, que mudam, evoluem. etc.

a foda é quando a energia tá ruim, e nem o beck ajuda a deixar bom. ele deixa criativo, mas uma criatividade escrota de pensar em muitas coisas, mas todas esquisitas.

dá um senso de responsabilidade de realizar coisas irrealizáveis pra aquele momento. esse momento.
esse momento.

eita, pera. olha o beck trazendo o bom já. esse momento. é o que eu tenho. lembrei que eu tava hoje pensando (acho que escrevendo também) que eu quero conseguir viver o agora com mais qualidade. uau. quando era mesmo que eu tava sentindo/falando disso de viver o agora?

eu sei que eu vivi de manhã, quando eu dancei amor amor na sala. um agora maravilhoso, um agora fundamental. e ai agora quando eu escrevi agora eu vim pra ca. pra esse momento. eu me sentrei no sentir agora e viver agora.

eu lembrei que não tem esse monte de problema amanhã porque agora eu to aqui. e agora não tem problema nenhum. agora a temperatura está perfeita, eu não precisei até agora do número um e nem da exclamação - que são exatamente as duas coisas que eu perdi quando o dudu derrubou a vela no meu computador - eu não to mais chateada com ele. mto pelo contrario, eu ja to completamente apaixonada de novo - pqe ele ta respirando gostoso aqui do lado e da vontade de abraçar ele nuna conchinha - e porque hoje ele cortou o cabelo tão lindo, que eu me apaixonei outra vez. eu entrei em casa e olhei pra ele e ele tava lindo.

eu agora to me lembrando como foi boa aquela sensação de chegar em casa - eu tava cansada, irritada, sem paciencia, dolorida, indecisa. toda esquisita. e eu entrando em casa, cheia de coisa na mão, abro a porta e ele tava entrando ou saindo ali do lavabo, tão lindo, com aquele corte de cabelo novo e a barba feita, naquela hora eu imagino o sorriso que eu abri.

é um amor tão grande e tão profundo que eu sinto por ele. esse menino tem um sorriso que me derrete toda. o jeito dele me mostrar todo dia o quanto que ele me ama em tudo é a maiot e melhor de todas as coisas da vida.

a gente senta no sofá e se entrelaça. é sempre a mesma rotina, eu quero ver as coisas repetidas, as minhas séries, até dormir. ele quer ver algo novo, que eu geralmente gosto mto - em tese - mas sei que não vou amar na prática.

acabo dormindo antes do fim do filme, e ele sempre faz tudo sempre igual com muito amor. acaba de ver, me chama pra cama, faz carinho, faz conchinha, encaixa o corpinho dele no meu.

eu não sei porque eu achei que meu dia foi ruim. só de ter tido esse momento com ele, o dia já foi bom.

***

gratidão.

que coisa engraçada. acho que fazia mto tempo que eu não sentia esse sentimento (embora hoje de manhã eu tenha sentido muita felicidade na minha conexão comigo naquele momento - o que se assemelha bastante ao sentimento de gratidao).

mas eu agora realmente senti. que engraçado. e que gostoso. senti mesmo. senti o coração mais quente, os braços arrepiados, o sorriso abriu e até os cabelos da cabeça deram aquela leve arrepiada que causa um choque/dorzinha esquisita.

uau. tinha tempo que eu não sentia tão bem assim as sensações no meu corpo. que bom que eu peguei esse beck. eu consegui sentir-me em paz o bastante (agora acho que consigo voltar a dormir), me lembrei de como eu na verdade e estou feliz e senti gratidão. e ainda por cima me fez sentir e descrever sensações de uma maneira que me deixou muito feliz.

que coisa boa. que bom é escrever.

oh deus. só existe uma verdade: escrever esclarece.

vai ser foda ficar sem maconha no furacão.

meça bem o meu nivel de inferno astral

após aquela manhã toda dedicada a ficar bem e ficar zen, e me conectar comigo mesma e começar a olhar pra mim com mais calma e coragem, lá veio a vida encher a porra do meu saco.

dudu conseguiu fazer a proeza de derrubar uma vela que estava queimando desde de manhã cedo no meu computador novo todeyinho.

aquele elogio que eu fiz às teclas só valeu mesmo pra ontem. até com uma tecla a menos agora essa merda está.

thank god que na hora que eu me dei conta que eu ia surtar eu sai do meio da bagunça e vim pro meu quarto. eu simplesmente apaguei por umas duas horas. depois acordei pra almoçar e segui me recusando a viver até 4:20, quando eu acendi um baseado e tomei coragem de ir procurar a bendita roupa que eu precisava pros eventos de hoje.

claro que com a energia toda errada que eu tava, nao tinha como dar certo. nada serviu, nada ficou bom, e como se nao bastasse, quando eu tentei trocar de loja, caiu a chuva do século.

(o furacão só deveria chegar no domingo/segunda. mas pelo visto...)

anyways.
vim pra casa, arrumei um look, la fui eu pros dois eventos que eu tinha que ir. tudo deu errado. fui parar em brickell, sendo que o evento era em miami beach. fui pra miami beach. encontrei as meninas, tava legal. mas eu tava enjoada (esse enjoo não passa, mesmo eu tendo ficado menstruada, então eu to achando que amanhã eu vou fazer a bosta desse teste no matter what) e chata. na real eu passei um dia chata pra caralho. o terceiro evento nao podia ter sido mais inútil. só disse oi pros amigos, nada aconteceu, fim, casa.

dudu tinha conseguido ir ao mercado comprar algumas coisas, então acabei guardando as coisas das compras e sentando pra comer e ver um filme muito crazy louco, que eu milagrosamente assisti até o final - pqe o filme era tão imprevisivelmente absurdo (e a blake lively tava tão absurdamente bonita de um jeito quase mentiroso - pqe não é possível que alguém no mundo seja linda assim) que eu fiquei lá, até o final.

agora acordei e não consigo mais dormir. são 4:20. eita. acho que vou la pegar a pontinha do meu baseado e ver se me ajuda a trazer o sono que eu to precisando, btw. hehe

to aqui pensando sobre a viagem de orlando, a chegada da bia, e as coisas de trabalho que sempre perturbam a minha cabeça na madrugada: as maiores besteiras, sempre.

é ridículo como na madrugada o que me persegue são sempre os monstros mais ridículos de lidar.
enfim, antes que eles voltem, prefiro a criatividade. vou pegar o beck.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

sentei pra trabalhar

que manhã, meus amigos. que manhã.
não são nem 10 da manhã e eu já fiz TANTA coisa que me sinto viva e mágica.
estou feliz.

sento agora para trabalhar. focar.
mas se eu precisar, volto.

a caneca da dido

tava aqui pensando.
eu precisava deixar registrado que eu to tomando golden milk na caneca da dido PORQUE EU COMPREI QUANDO EU FUI NO SHOW DA DIDO.

sim, 2018 foi o ano que eu vi a dido ao vivo :)
20 anos depois dela embalar todos os meus sonhos.

***

dudu acordou.
precisamos ir ao mercado.
lá vem outro furacão.

no lugar da corridinha

estou toda arrepiada.
um arrepio gostoso de casinha gelada, golden milk quentinho, coração mais calmo, tpm passando de pouco, cheirinho de incenso (ainda apagado, mas já delicioso), "como uma onda", e estar em paz comigo.

golden milk realmente é uma das coisas mais gostosas que existem.
se eu tomar um pouquinho toda vez que eu estiver me sentindo ansiosa ou que eu quiser só curtir a minha companhia, fica mais fácil colocar os pensamentos em órdem.


não teremos bebe

a primeira gota da minha mentruação acabou de descer.

amém.

to pensando em ir dar uma corridinha

preciso só conseguir achar algo saudável o bastante na minha geladeira antes, pra comer direitinho e não forçar meu corpo de um jeito ruim e não saudável.

***

lua cheia / fica coida / lua cheia vamos namorar

(papas ajuda!)

cinco minutos de alongamento

honestamente, acho que não levou mais que 5 minutos.


fui ali fora, sentei no meu colchãozinho a.k.a. cantinho da maconha.
ontem eu usei ele pela primeira vez. falando com a gio no tel.

foi muito bom mesmo.

hoje de novo.

***

o sol ainda tá nascendo preguiçoso, pelo meio dos prédios. ta tudo lindo, amarelo, solar, novo, fresco. me deu vontade de ouvir papas. de voltar no tempo, no por do sol de fort myers. me deu vontade de estar presente no agora como eu estava naquele momento da minha vida.

eu acho que o que me enlouquece tanto daquela memória doce é justamente a capacidade que eu tinha de viver aquele agora de maneira tão plena e inteira.

hoje eu tenho essa dificuldade terrivel de viver o hoje. e é por isso que escrever eu acho que me traz pra esse agora tão fundamental.

por isso que escrever me ajuda a curar a ansiedade, e focar no que de fato importa.

***

acho que a ligação pra gi também. tem gente que ajuda a gente a viver no agora. e ela é uma dessas pessoas - que ao mesmo tempo que ama profundamente o mika e o gabi, de formas diferentes e sublimes, se apaixona por alguém que ela nunca teve nada - e quer sair de londres, quer fugir pra australia - quer ser.

a gi é esse tipo de gente que dá uma vontade na gente de viver o agora, porque ele pode ser lindo e mágico. porque esse agora pode ser mesmo delicioso se ele for vivido com verdade.

***

eu hoje ou experimentar focar no agora, e quantas vezes eu precisar eu vou voltar a escrever.
mas precisa ser um agora consciente. não adianta viver o agora e não pensar que existe um futuro depois.

acho que o meu problema maior é esse. eu confundo viver o agora (que é um tentar viver controlando meu ímpeto ansioso) com as recompensas momentâneas que pequenos prazeres podem me dar.

agora mesmo eu to aqui, com o estômago esquisito, com uma sensação ruim de queimação na garganta, porque eu sei que ando me embebedando de coca cola. muito muito muito mais que o saudável (que é zero, no caso. ou quase).

eu preciso comer sabendo que eu estou NUTRINDO o meu corpo. eu preciso viver sabendo que tudo que eu estou fazendo está me nutrindo de coisa boa, de gente boa, de energia boa.

hoje vai ser um desses bons dias em que eu sei que eu vou me nutrir de tudo que é bom e que eu vou conseguir fazer ele acontecer.

***

a vida é cíclica. não adianta eu ficar com essa expectativa infundada de que se eu escrever todo dia eu vou estar sempre feliz e sempre presente. é impossível.

mas eu sei que se eu me comprometer em escrever sempre, e se eu usar esse artifício como um controle de expectativas, eu consigo ser mais feliz. porque eu sei até onde eu posso esperar que as coisas - de forma realística aconteçam.

faz parte de uma coisa muito maior de auto conhecimento, mas sobretudo de respeito.

hoje eu vou me respeitar. cuidar do meu corpo, da minha alimentação, da minha respiração, da minha escrita.

hoje. amanhã eu tento outra vez. sem planos pro futuro. sem promessas impossíveis de cumprir.
hoje eu vou cuidar de mim. amanhã eu vejo quando amanhã chegar.

dia 2

escrever tem disso.
eu começo e de repente eu já não consigo mais pensar numa forma melhor de organizar as ideias.

são 7:30am.
parei de assistir a masterclass da DVF ontem já eram meia noite.
até de fato pegar no sono, depois de mais um pouquinho de suits e tudo mais, já era tarde.

mas ai agora já to de pé. já to despersa.
e ao invés de começar o dia torrando meu tempo no celular, parei no meio pra vir escrever.

QUALQUER COISA.

qualquer coisa que me faça começar o dia longe das besteiras que eu leio no instagram. qualquer coisa pra me afastar da bobagem tóxica que é ficar se nutrindo de política e escândalo 8 da manhã.

***

é impressionante como um simples ato de virar uma única chavinha muda tudo.

eu me lembro, há uns meses, quando eu comecei a acordar e deixar o telefone do lado da cama, e sair pra meditar, escrever, comer na varanda, tomar um café, me alongar, e refletir. a vida tava fluindo do jeito que devia.

e eu sinto que agora eu to entrando num outro loop desses em que as coisas fluem.

hoje vai fluir. eu vou dar meu jeito, as coisas vão se organizar.
a vida vai fluir. porque já passou o período do susto. já passou o drama. já chorei o que tinha pra chorar, ralei o que tinha pra ralar, construi algumas bases, to construindo outras.

lá vou eu.

***

obs: corta pto fim de tarde / chegou o teste de gravidez / tô grávida / zona de novo.
hahah

mas eu acho que não tô não. acho que é só uma TPM tão tão sinistra que eu to mesmo à flor da pele.

"ando tão à flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar (...) ando tão à flor da pele que o meu desejo se confunde com a vontade de não ser"

terça-feira, 27 de agosto de 2019

milhões de posts num dia só

sim, eu sei.
não posto há quase um ano e ai do nada venho aqui em pleno agosto tentar recuperar o tempo perdido.

tem disso esse blog. rompantes.

é que tem hora que é aqui, tem hora que é na caneta. esse notebook novo é uma delícia. eu amo as teclas, amo o peso, amo como meu dedo desliza sobre ele.

e ontem escrevi pro site da ara um texto sobre key lime pie, e meu pai, e key west. e ai senti essa delicia que é vomitar coisas e sentimentos num teclado gostoso.

acho que esses muitos anos de macs - que por melhores que sejam tem sempre faltando esse toque dos dedos tão afetuoso - me fizeram esquecer essa sensação (eu odeio esquecer sensações, por isso escrevi sobre essa coisa do óculos também).

que bom que de todo modo eu precisei escrever aquilo, e me lembrei de escrever aqui  e me deu essa vontade gostosa de voltar às palavras.

***

é tão interessante o quanto essas coisas de escrever marcam minha épocas, minhas experiências, minhas vivências e meus desejos.

eu já entendi, por a + b, que escrever é o meu primeiro ato de reencontro quando eu estou longe de mim; é também o primeiro ato de construção quando eu começo a sentir a necessidade de fazer coisas novas e criativas.

***

falando sobre coisas criativas então.

os últimos episódios de "ara creative ideas, uma agencia do barulho" tem andado cultivando um ambiente gostoso de criatividade, liberdade - e um certo excesso de sentir que eu preciso controlar. não no sentir, mas no externalizar.

anyway. esse ambiente tem, de uma certa maneira, me feito repensar nas minhas necessidades criativas e nos meus desejos de tirar mais coisas do papel - mais coisas minhas, mais coisas que são, de verdade e em essência, criativas.

eu ando buscando, muito, por algo assim. por algo leve, gostoso, com energia de criação, de fazer. por isso quero tanto fazer o LAB. por isso falo tanto com tanta gente, troco tanta ideia. e é tão disso que eu gosto. desse construir, desse trocar, desse aprender.

sinto que meu casamento me nutre demais de informações importantes, relevantes, construtivas. ser casada com alguém tão criativo e mágico quanto o dudu tem uma das maiores vantagens que eu pintaria numa relação feliz: aprendizado constante.

a gente troca tanto, sobre tudo - as vezes com mais calor que deveria, de minha parte? sem dúvida. mas eu não nasci filha do meu pai pra deixar o sangue esquentar e ficar fria. isso seria no mínimo muito estranho.

as trocas. no caso. sempre são gostosas, e mesmo eu sentindo que na hora eu não falo de volta tudo que eu to sentindo ou achando (porque eu preciso desse tempo para processar) eu ganho tanto que depois meu cérebrinho vai fazendo as sinapses. na hora certa, no lugar certo. a conversa que veio de lá surge de novo acolá. é numa reunião, num papo com alguém novo, num cliente potencial que pergunta o que eu acho de certa coisa. é impressionante o como todas as vezes que eu volto às nossas conversas eu sinto ele ali juntinho, vibrando comigo nas minhas conquistas.



***

ontem eu me chateei porque eu disse que ele nao pira nas minhas piras comigo como eu piro nas dele. porque eu fui falar do LAB e ele jogou logo um banho de água fria. porque o timinig não deveria ser esse, blablablá.

me chateou muito. porque ele vem com as ideias mais mirabolantes sempre e eu sou sempre a primeira a pular de olho fechado pra no caminho entender. e ele sempre diz todos os nãos antes de pegar na minha mão pra ir junto.

isso me chateia de verdade.

mas eu sei que eu fui injusta quando eu disse que ele não me apoia. ele sempre me apoia. é que demora. não é aquele apoio ali na hora, SIM BORA VAMO. ele sempre precisa pensar e refletir. então primeiro ele diz não. mas é que cansa ele sempre dizer não. eu gosto de quem fala "bora vamo!". eu pedi pra ele pra gente ir pra disney esse fim de semana. primeiro ele disse não. depois ele disse: esse fds não da porque os meninos vão viajar e temos que cuidar de pastrami e lulinha. ok. justo. boa desculpa. eu aceitei, na hora. mas se ele tivesse dito: boa vamo. e depois, putz amor, lembrei que temos que ficar porque isso, isso e aquilo (...) - eu teria sem dúvida me sentido mais apoiada.

mas não é como se ele não me apoiasse. eu sei que ele me apoia mesmo, de verdade, em tudo que importa. algumas vezes até demais no que nem importa tanto assim, e ele fica lá, insistindo... hehe isso é tão o dudu, e é tão lindo isso nele. o jeito que ele acredita numas coisas que eu nem lembro mais que um dia eu acreditei.

enfim. coisas pra deixar registrado pra luisa do futuro: o quanto eu amo esse jeito dele de me fazer acreditar em coisas minhas que eu nem lembro mais que eu quero, ou gosto. esse jeito dele de me lembrar coisas boas de mim.


***

a gente tem dessas né? de esquecer de como se é bom em algo. ou como a gente pode ser fiel a gente mesmo, mesmo quando parece que vai ser impossível dessa vez.

eu acredito muito mais em mim. MUITO MAIS. eu sei hoje que eu posso qualquer coisa. mesmo.

sobretudo se eu escrever.

agora eu uso óculos

não exatamente agora só. o dia todo. 24 horas por dia. o tempo todo. sem parar.

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há menos de um ano eu comecei a me incomodar de dores de cabeça, dificuldade de ler de longe - qualque coisa pouquinha. daquelas de quem fez 30 e precisa aceitar isso de peito aberto.

acontece que de 0.75 há uns 8 meses meu grau dobrou pra 1.5, um numero chato - desses que se eu não tivesse ido até o banheiro pra achar esse óculos eu jamais conseguiria estar aqui digitando.

jamais é talvez excesso de drama.mas sem dúvida ia ser ainda pior.

porque nessa coisa toda, o que de fato me incomoda é que nem de óculos tá bom. meu olho ta sempre embaçado, sempre coçando, sempre irritado, sempre ardendo. mesmo de óculos eu preciso trazer as coisas mais perto pra conseguir ver bem.

not good at all.

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eu na verdade só quis fazer esse post porque daqui uns muitos anos, se eu parar pra reler essa besteirada (e eu vou, eu sei bem. se eu tiver viva, no caso) eu vou lembrar de como foi irritante essa fase de adaptação do óculos. e é uma dessas frivolidades que se a gente não escreve depois a gente não consegue se lembrar de forma clara. e eu gostaria de lembrar disso para comparar com o desfecho.

como caralhos eu vou resolver esse problema? no clue.
a vontade que dá é de ir ao brasil para ir num bendito de um oftalmologista decente.

tá foda.

o brasileiro perdeu a fé depois daquele 7x1

a culpa do bolsonaro ser presidente é toda do neymar.

pequenas frustrações de 2019

o bolsonaro
a eleição do bolsonaro
o brasil ser comandado por um saco de estrume
as pessoas que ainda não perceberam (EM AGOSTO) o tamanho do problema
as pessoas que não tinham percebido o tamanho do problema em outubro passado e causaram esse nivel de problema
a amazonia em chamas
a morte da fernanda young
a falta de ar
a gripe
a minha falta de ar
a falta de ar no mundo
a falta de floresta no mundo
o excesso de gente imbecil que cruza meu caminho
a sensação horrorosa de perceber que alguém é bolsominion
ou que pelo menos acha que "não tinha opção. não dava pra votar no petê"
minha carteirinha de maconha vencida
a prisão do jeff
o meu enjoo de hoje de manhã
a vontade de ter um filho versus o pânico de colocar alguém nesse mundo sujo
essa casa que ainda não é minha
o sofá que eu ainda não comprei
as cadeiras que estão faltando
o mau humor do pastrami antes de dormir
o jeito como o meu tesão de cozinhar anda se esvaindo
o fato de que eu ando de novo viciada em coca cola
a saudade que eu sinto da minha mãe
a vontade que eu não tenho de receber ninguém aqui em casa pq da muito trabalho
a falta de dinheiro como eu acho que deveria ter a esse momento
o meu armário todo desfalcado
o resultado dos desmandos politicos de gente nojenta que mata gente todo dia
nas favelas
nas casas
nos morros
nas escolas
nos lugares todos onde os pobres se ajuntam
o witzel
a existência desse cara nojento
o 01
o 02
o 03
a micheque
o salles
o weintraub
eu saber o nome desse tipo de gentinha e nao tirar elas da cabeça
os meus sonhos em piscinas infinitas não realizados
o dia a dia cansativo depois de noites de insônia
estar sem óleo de maconha
estar sem carro
ter batido de carro
ter quabrado o braço da sarinha
ter que pagar a conta do carro e do braço quebrado da sarinha e sei la do que mais
a confusão toda que eu sempre me enfio e depois não sei como sair
as promessas não cumpridas
os projetos não realizados
a falta de tempo
a falta de inspiração
a falta de saco
a falta de tesão


argh. q ano merda. é um 7x1 todo dia.

2020 batendo na porta

vai entender uma pessoa que passa quase um ano sem colocar as mãos por aqui.
depois não sabe porque que tudo tá um caos.