quarta-feira, 28 de agosto de 2019

cinco minutos de alongamento

honestamente, acho que não levou mais que 5 minutos.


fui ali fora, sentei no meu colchãozinho a.k.a. cantinho da maconha.
ontem eu usei ele pela primeira vez. falando com a gio no tel.

foi muito bom mesmo.

hoje de novo.

***

o sol ainda tá nascendo preguiçoso, pelo meio dos prédios. ta tudo lindo, amarelo, solar, novo, fresco. me deu vontade de ouvir papas. de voltar no tempo, no por do sol de fort myers. me deu vontade de estar presente no agora como eu estava naquele momento da minha vida.

eu acho que o que me enlouquece tanto daquela memória doce é justamente a capacidade que eu tinha de viver aquele agora de maneira tão plena e inteira.

hoje eu tenho essa dificuldade terrivel de viver o hoje. e é por isso que escrever eu acho que me traz pra esse agora tão fundamental.

por isso que escrever me ajuda a curar a ansiedade, e focar no que de fato importa.

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acho que a ligação pra gi também. tem gente que ajuda a gente a viver no agora. e ela é uma dessas pessoas - que ao mesmo tempo que ama profundamente o mika e o gabi, de formas diferentes e sublimes, se apaixona por alguém que ela nunca teve nada - e quer sair de londres, quer fugir pra australia - quer ser.

a gi é esse tipo de gente que dá uma vontade na gente de viver o agora, porque ele pode ser lindo e mágico. porque esse agora pode ser mesmo delicioso se ele for vivido com verdade.

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eu hoje ou experimentar focar no agora, e quantas vezes eu precisar eu vou voltar a escrever.
mas precisa ser um agora consciente. não adianta viver o agora e não pensar que existe um futuro depois.

acho que o meu problema maior é esse. eu confundo viver o agora (que é um tentar viver controlando meu ímpeto ansioso) com as recompensas momentâneas que pequenos prazeres podem me dar.

agora mesmo eu to aqui, com o estômago esquisito, com uma sensação ruim de queimação na garganta, porque eu sei que ando me embebedando de coca cola. muito muito muito mais que o saudável (que é zero, no caso. ou quase).

eu preciso comer sabendo que eu estou NUTRINDO o meu corpo. eu preciso viver sabendo que tudo que eu estou fazendo está me nutrindo de coisa boa, de gente boa, de energia boa.

hoje vai ser um desses bons dias em que eu sei que eu vou me nutrir de tudo que é bom e que eu vou conseguir fazer ele acontecer.

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a vida é cíclica. não adianta eu ficar com essa expectativa infundada de que se eu escrever todo dia eu vou estar sempre feliz e sempre presente. é impossível.

mas eu sei que se eu me comprometer em escrever sempre, e se eu usar esse artifício como um controle de expectativas, eu consigo ser mais feliz. porque eu sei até onde eu posso esperar que as coisas - de forma realística aconteçam.

faz parte de uma coisa muito maior de auto conhecimento, mas sobretudo de respeito.

hoje eu vou me respeitar. cuidar do meu corpo, da minha alimentação, da minha respiração, da minha escrita.

hoje. amanhã eu tento outra vez. sem planos pro futuro. sem promessas impossíveis de cumprir.
hoje eu vou cuidar de mim. amanhã eu vejo quando amanhã chegar.

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