segunda-feira, 18 de novembro de 2019

hoje

tem sido dificil levar a vida nessa de automático.
cada vez mais eu me aproximo e busco coisas que me fazem viver mais consciente e mais presente.
hoje eu vi um documentário sobre minimalismo. outro dia começamos a ver uma séria sobre tiny houses. eu venho questionando a cada minuto todas as minhas compras e necessidades.
sinto que - devagar, claro - eu to indo num caminho muito mais desapegado de coisas.

eu gostaria de desapegar mais do meu celular.
de me sentir mais desconectada dele.
de desejar menos o que eu encontro nele.

pqe afinal de contas, o que de tão agradável que eu encontro por ali?
conexão? encontro? amor?
sim. também. verdadeiramente.

eu não sou dessas que acho que o celular faz só mal.
o problema é a forma como a gente consome essa loucura toda.

ter parado de seguir gente no instagram me ajuda. me ajudou a perceber algumas coisas que eu queria. me ajudou a perceber como eu gasto tempo com nada.
o que me revolta é q eu tenho consciência mas sigo gastando tempo.
menos. sem dúvida.
mas MUITO MAIS do que eu gostaria.

talvez o problema maior seja o teor do consumo. não o consumo em si.
e acho que é sobre isso também o minimalismo.
o problema não é ter. o problema é a necessidade de ter por ter.
de consumir por consumir.


a ideia de ser minimalista é exatamente a de brigar com o sistema através do prórpio sistema.
é o não render-se.
é justamente tudo isso que eu venho buscando pra mim de uma forma que eu não sei dizer em palavras, mas que alguém tá lá tentando traduzir.

não quer aquilo seja 100% pra mim. acho que nada é. tudo é sempre a mistura das ideias que estão por ai com os desejos que trazemos dentro da gente.

antes se eu ouvia falar de um nomade digital, de alguém que vivia mais desconectado, com menos, consumindo pouco, comendo de forma mais natural, consciente, organica, etc. me parecia uma realidade tao tao distante que era impensável.
hoje eu realmente me sinto cada vez mais atraída e afim de viver uma vida assim.
talvez essa seja a real evolução.

o bom de chegar ao final do ano é que a gente começa com as nossas listas de desejo.
eu gosto de ter pedido saúde no último ano: fisica, mental e financeira.
embora eu esteja acabando o ano sem nenhuma delas. haha
pelo menos eu sinto que eu dei um passo mais pra perto de cada uma delas.
e é isso ai.
se eu seguir dando passos pra perto de onde eu quero ir, um dia eu vou me perceber estando onde eu queria - e querendo outras coisas. faz parte.

o problema é exatamente que a nossa sociedade ensina que essas outras coisas que a gente tem que querer são coisas. eu não quero mais coisas. de verdade. hoje não existe uma só coisa que eu queira possuir e que eu não tenho. i mean... não quer dizer que nada do que eu vejo eu quero. eu sei que essa semana no fashion4good vai ser difícil não querer nada.
mas eu realmente não quero nada.

hoje as únicas coisas que eu preciso ter dinheiro para comprar são comida e maconha.
o resto eu realmente estou tranquila sem dinheiro. pelo menos por agora.
vamos ver como isso vai ser dar com o natal chegando, com a vida me lembrando que eu quero isso e aquilo e aquilo outro.

mas eu preciso mesmo salvar muito dinheiro. pagar tudo que eu devo e deixar de ser uma pessoa que vive com dívidas.
eu quero também diminuir meu rítimo de trabalho. quero aumentar as minhas entradas. quero custar menos, para poder trabalhar menos e ganhar menos.

eu quero a minha vida bem como ela tá hoje. calma, introspectiva, cheia de amor, auto amor, banho quente, filme bom, comida gostosa, noite bem dormida, um beckinho pra abrir a cabeça, música boa... eu gosto disso. dessa vida simples, leve.

eu acho que na verdade eu sempre soube que eu quero pouco. eu nunca tive "sonhos" materiais. eu nunca fui uma pessoa de traçar metas de compras, viagens, coisas. eu sei lá, nunca foi sobre isso.
mas fazer parte do sistema deixa a gente confuso ne? é difícil entender que é exatamente menos que a gente tá buscando.
e eu acho que a coisa toda da depressão, da ida ao brasil, desse ter que olhar pra mim forçadamente, embora seja tanto o que eu quero, me ajudou muito a ter esse outro olhar.





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