quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Uniban.

Essa história já é velha, mas não cansa de dar pano para a manga. Eu tenho evitado falar de temas "de jornal" no blog, mas já que falei hoje do apagão e do filme do chacrinha, mal não vai fazer falar também dessa história que está entalada aqui.
Cada um tem uma justificativa para todo aquele rebuliço. Pra mim é bastante óbvio. Cada vez mais a permissividade entre os jovens vem fazendo com que se percam completamente os limites.
A culpa daquela bagunça toda não foi da Geyse, nem do vestido rosa, não foi dos alunos, nem da pessoa que começou aquilo tudo, ou da faculdade.
Podia ter acontecido comigo, com você, com qualquer outro, fosse o motivo que fosse. A roupa, a cor do cabelo ou uma individualidade qualquer. Aquilo tudo foi só reflexo de uma reação em cadeia completamente desenfreada.
Pobre da garota que passou por aquilo, mas que agora vai aproveitar os 15 minutos de fama e aparecer na Luciana Gimenez e posar pra playboy, segundo li hoje na internet. Bom vermos que existem estudantes que se mobilizam contra, como os da UnB que fizeram passeata contra o machismo mais cedo.
A mim, choca mesmo, é como isso é perfeitamente possível de acontecer quantas vezes sejam, e tomar vultos grandes tanto quanto este. O bulling não é nem o mais problemático de tudo, difícil é alcançar que pelo furor da ocasião todo mundo foi entrando no clima da confusão e quando tudo teve um desfecho, ainda chegaram ao absurdo de culpar a estudante, alcançando o ápice da falta de noção, respeito, ou seja lá o que for, expulsando a garota da faculdade.
Claro que a onda de protesto que veio em seguida serviu para a Universidade colocar a violinha no saco, se desculpar e readmitir Geyse. Mas é completamente inadmissível uma instituição de ensino ser tão repressiva, machista, baixa e desrespeitosa.
É porque eu, infelizmente, não estou numa Universidade hoje. Sem dúvida, se estivesse, escolheria os vestidos mais curtos e os saltos mais altos para ia à aula. Não que eu ache de bom tom, mas porque a liberdade de escolha não compete à instituição ou as demais alunos.
Tudo o que nos assiste enquanto vestimenta, comportamento, ou qualquer assunto que influa na vida social, pode andar dentro de limiares pré comcebidos, mas não pode jamais ser regido exclusivamente por eles, deixando gostos e características peculiares em segundo plano.


Foi só um desabafo.

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