sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Dance me to the end

Era sexta-feira e ela tinha colocado o telefone para despertar cedo. Queria acordar para aproveitar o dia de estudo. Desde a manhã anterior quando tomou a importante decisão de deixar um pouco as letras, as conversas e os e-mails, sabia que o que precisava fazer era se amar mais, para pensar no futuro com mais propriedade.
Na quinta ela deixara pequenos vícios de lado. Não abriria mão de outros, mas aqueles que nada acrescentavam, deixou-os ir. Depois tomou um banho gelado. Pôs a Dido tocando, bem alto, beeeem alto, e entrou no box, com o chuveiro na função verão, para sentir a água tão gelada, que cada célula do corpo se refrescou. Lavou os cabelos enquanto dançava e cantava. Saiu do chuveiro e vestiu uma lingerie tão bonita, que combinavam com a cor das unhas. Nem precisava de roupa...
Penteou os cabelos, passou hidratante em todo o corpo. Sentiu a delícia de cada uma daquelas sensações. Lavou a alma!
Foi à cozinha, fez um balde de pipoca e buscou uma garrafa de coca-cola bem gelada. Se pôs a estudar. Horas. Não viu o tempo passar. Aprendeu. Mais que história... Aprendeu a sentir tanto bem estar quanto possível.
Depois, assistiu a aula com paixão. Escreveu com paixão, anotou com paixão... Saiu com as amigas e riu com muita paixão, tomou a vodka com morango com paixão, comeu com paixão, caminhou até o carro com paixão, chegou em casa e atendeu o telefonema da vó com paixão, jogou baralho com a amiga com paixão, e dançou sob a lua, com muita, muita paixão...
Não tinha música ali, mas se tivesse, certamente estariam cantando "Dance me to the end of love"...

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