domingo, 15 de novembro de 2009

Tédio

O tédio é o rei das antíteses.
É um cansar de ficar parado,
um estado inebriantemente sobrio,
um enjoo de estômago vazio.

Não há televisão, computador ou música que faça passar;
não tem pipoca, água gelada ou brigadeiro que sacie;
o relógio enagana e anda para trás,
a vida prega peça e o tempo passa as avessas.

E o criativo foge,
a literatura não chama
e nenhuma letra atrai.

Só passa quando algo surpreendente acontece
como quando um amigo liga
e diz que vem com cerveja e saudades.

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