sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Mormaço Que Entontece.

As unhas verdejantes digitam trepidamente num teclado renitente linhas tortas, alérgicas, fungadas, ressaquiadas e cheias de calor. A atmosfera circundante é basicamente quente. Deveras quente e abafada e mormacenta. O ar entra quente no corpo quente. A mistura ácida dessas frentes causa chuva nos olhos e calor do lado esquerdo do peito. Amor, amor, amor... Não é possivel amar nesse calor! Não é possível amar na solidão, e nem tampouco no descaso. Não dá pra amar sem atender, sem responder, sem doer. Não dá pra amar doendo. Não dá pra amar doente. Amor doente, amor doentio, amor passante. Parece que de uma vez por todas passaram todas as paixões eternas e as paixões efêmeras. Sem dor, sem doença, sem ódio, sem ócio. Passou.

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