terça-feira, 31 de dezembro de 2019

el portal para 2020

chegou a famosa hora de fazer o post de fim de ano do insônia.
completamente diferente do dudu e dos posts temáticos do artur, que são sempre pensados, calculados e bem escritos, por aqui a única coisa que me faz repetir tema é mesmo final de ano.
eu gosto de colocar no papel um balanço do ano e fazer as previsões e os pedidos pra o ano seguinte.
me deixa com uma sensação de dever cumprido.
me faz parecer que eu cumpri metas: encerrei o ano, pensei sobre ele, escrevi.
é engraçado como 2019 se tornou um ano em que eu mudei completamente a minha compreensão do que são metas e de o que eu preciso para alcança-las.
não quero voltar no tempo e procurar os posts antigos para comparar, mas sei que nos últimos tempos eu só vim pedindo saúde: física, emocional e financeira. e tá rolando.
eu to me entendendo melhor, me gostando mais.
esse ano foi um ano fundamental no meu processo de auto conhecimento - bem como todos os outros.

eu amo o fim de ano porque ele nos faz perceber o como a gente aprendeu (ainda que o dudu diga que eu tenha muita dificuldade de lidar com as minhas fraquezas de conhecimento, aprender me deixa bem auto-orgulhosa).

se eu tiver que destacar as coisas mais legais e felizes desse ano (e eu vou de frente pra trás pq eu penso no que ta mais fresco na cabeça)

eu to acabando o ano me amando muito, feliz, satisfeita, entendendo que a vida pode ser muito mais leve, mais facil, mais gostosa.
eu senti que eu voltei a mim e voltei a ser eu. eu estou otimista, feliz, leve, porém olhando para as coisas com mais sabedoria que antes, sem o excesso que fazia as coisas parecerem mais necessárias do que de fato são,
eu to muito mais feliz de ter me reencontrado com a minha sensualidade e a minha sexualidade. eu me sinto mais viva aos 30 anos. eu me gosto, eu me desejo, eu acho que eu mereço ser gostada e desejada.
opa. eu tenho 31. whatever. isso não me incomoda. eu to em paz com o tempo.
o tempo desse ano fez meu corpo de menina se entender como corpo de mulher e eu amo ele. eu amo meu corpo e exatamente onde ele está. eu tenho me deixado afetar menos por tudo que não me cabe. inclusive esses padrões de perfeição que 1) são quase impossíveis de serem alcançados 2) POR QUE?
eu acho que eu comecei a me perguntar o porquê de todas as coisas que me traziam ansiedade - e pra isso eu devo meu muito obrigada a bruno e a fluoxetina e a mim mesma muito.
eu fui ao brasil esse ano, lembrar de mim, me encontrar, viver o que eu precisa, queria, desejava e sentia.
e sim, foi muito difícil de voltar a vida real depois de viver dias de plenitude e delicia total.
mas eu gostei de voltar também. de reencontrar essa luisa das férias no dia a dia. na vida real. no espelho.
eu gostei de tudo que eu andei profissionalmente esse ano, de todos os clientes que eu fiz, e de todas as conexões que eu fiz, de como meu nome ganhou um peso ligado a minha personalidade que me orgulha - me orgulho tanto das pessoas que admiram isso em mim quanto das que não.
eu aliás amo saber que as pessoas que não gostam de mim pela minha posição política estão com bode de mim - eu quero elas bem longe mesmo.
esse foi um ano que se eu estive perto de alguém foi porque eu quis. eu cortei todas as relações bobas e que não me somavam nada. eu cortei e não me arrependo nem por um segundo.
claro que tiveram também todas as brigas.
foi um ano de muitas brigas. eu estava um barril de pólvora.
e não estávamos todos?
a sensação que eu tive é que o mundo estava todo a beira de um ataque de pânico.
eu acho mesmo que 2019 foi um fim de década de se comemorar.
a gente entrou nele falando sobre como estava tudo do avesso e a gente ta saindo dele (como sociedade, na minha bolha pelo menos) falando de saúde mental, auto respeito, amor.
foi um ano também de coisas muito especiais: os dois shows da dido, os dois show de sandy e junior, o show do caetano, as mil idas a disney, as pequenas deliciosas viagens, as visitas que vieram alegrar meu ano, a empresa quando estava crescendo muito, as viagens e as amizades sempre tão fortes e presentes.
eu fiquei muito perto de todo mundo que eu gosto esse ano, mesmo que por telefone. eu não me sinto distante agora. eu me sinto conectada. no cosmos, em mim, no todo. eu me sinto feliz.
eu fumei muita maconha em 2019. eu acho que foi o ano que eu me percebi como maconheira, e acho que isso foi muito legal e que me fez muito bem. não quer dizer que eu não me preocupe com os rumos disso. eu acho que eu ando bem consciente do quanto eu estou fumando e não quero que isso atrapalhe meus próximos passos.
quando eu penso nesse ano eu realmente penso muito nas infinitas vezes que eu fui a disney. o que eu amo, embora tenha sido um pouco mais do que deveria hehe. mas eu lembro disso com muita alegria.
eu lembro desse ano sobretudo com ara, disney, brasil e fluxoetina hehe
eu sinto que eu entrei no ano acelarada, assoberbada, agitada e to saindo dele mais consciente, mais presente, mais calma.
mais me amando, mais me respeitando, mais me conhecendo, mais conversando, mais certa das minhas conexões, das minhas convicções e dos meus desejos.
eu realmente amo olhar pra mim hoje.
é impressionante o como esse ano foi sobre auto-amor, embora tenha sido meu ano menos auto confiante.
eu acho que foi um ano que eu tive picos tão altos de sucesso e fracasso, que isso me fez perceber como a única coisa que eu tinha em absolutamente todos os momentos para me acalmar e me ajudar era eu. embora eu tenha tido o dudu em quase todo o tempo (e thank god que eu tenho ao meu lado a melhor pessoa que já pisou nesse planeta. o cara mais maneiro, e parceiro, e foda. putz. eu saio desse ano muito feliz de andar de mãos dadas com esse cara. ele é incrível. e o tanto que ele se doou por mim, e o tanto que ele fez pra me entender e respeitar meus tempos e minha coisas. uau. eu não sei como agradecer. eu tento, sendo honesta, leal, real, gentil e parceira. formamos uma boa dupla).

eu acho que eu vou ficar aqui pensando no ano, voltando nas coisas, e no final são essas as sensações que ficam. meus amigos, os que eu fiz ou me aproximei esse ano, foram muito importantes e presentes, minhas relações de trabalho amizade sempre cruzadas e confusas, que geram amor e problemas - e ai vou tentando me entender com isso, com cuidado, zelo e respeito. por quem eu amo e por mim.
teve também quem eu tive cada vez mais preguiça e distância. teve quem eu quis mais perto.
ano louco.
e parece que passou quase todo no automático.
o começo muito marcante, o final muito importante, o meio um pouco de altos, eu suspensa numa bolha de auto odio, estresse, insonia, ansiedade, panico, medo. uau. ainda bem que eu não sei nem por onde anda aquela luisa.
eu não sinto a menor saudade dela. a menor.
oh my god. esse ano eu consegui ser a minha melhor versão, e a minha pior.
mas eu precisei da pior para encontrar a melhor.
entao eu me perdoo por toda a confusão causada.
e eu espero que o mundo - e ai quem se sentiu lesado por aquela luisa - me perdoe também. e eu sei que vai. do jeito certo, na hora certa.
"não tenho pressa, mas tenho preço."
diz zeca baleiro agora.

acho que ele está certo.

o que importa é que ninguém bateu em minha porta e ninguém morreu por mim.
não tenho nada, só tenho o que me falta e o que me basta.
eu quero ficar só.
o que não é preciso... então pra que chorar? quem tá no fogo está pra se queimar.

caralho.
essa é com certeza a música perfeita pra esse fim de ano.
e eu nunca tinha prestado a menor atenção nela.
e ela me veio aqui, como uma luva, como uma epifania. como um recado de deus me dizendo pra ficar em paz com tudo isso.
uau.
incrível.

eu amo quando a vida faz disso - ajuda a gente a resignificar tudo de forma que se encaixe perfeitamente na nossa vida.

***

planos para 2020

ter uma van :)
viajar o país
estar mais conectada comigo, com meu eu, meu corpo, meu sexo, meu tempo.










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