terça-feira, 11 de setembro de 2012

expurguei a raiva

foram longas 6 horas e meia de cabeça a mil e raiva contida. foi todo o tempo de estrada niterói-itaperuna remoendo as dores e os desafetos.
mas parece que se esvaiu.

eu cheguei em casa, e já fiquei bem mais leve (e, claro, falei muito no telefone ao longo de todo o caminho, por tanto tempo quanto pude e com quantas pessoas quanto foi possível, o que faz também a raiva passar com mais facilidade). é que estar em casa tem essa coisa de deixar mais leve.
e também porque eu vim lendo as cartas de amor de Inês Pedrosa, e acho que isso deixa a gente com menos raiva e mais amor.

falando nisso, vou transcever:

"O que existia, entre nós, é uma ciência do desaparecimento. Comecei a desaparecer no dia em que os meus olhos se afundaram nos teus. Agora que os teus olhos se fecharam sei que não voltarás a devolver os meus".

voltando a mim.
(sempre tenho que me lembrar de onde estava e voltar. se não, vou falando falando... e sem perceber já estou noutro lugar. pois muito bem, voltando.)
antes de dormir me peguei lendo coisas novas e diferentes. essas que eu sempre gosto de ler, mas nem sempre me lembro que gosto.
foi olhando o facebook dele que vi um link, que levou a outro e outro e quando me percebi, já era. estava inevitavelmente feliz - e também tinha encontrado o meu post do dia para o blog.

obs: "o blog" sempre é o FS. aqui é "o insônia", ou, no máximo - o mínimo - o "bloguinho". é que lá tem trabalho e aqui tem amor. capisce?

ai la vinha o post de lá, e o post de cá. porque na verdade os dois foram pelo mesmo motivo. e eu juro que eu tento passar lá o mesmo amor que eu passo aqui.
- eu passo. se você não sente, retire-se.
e até que eu acho que eu consegui. kinda consegui (kinda kinda kinda. já repeti isso mil vezes nesses dias. deve ser o meu novo "whatever". vou prestar mais atenção). acho que quem leu lá percebeu que tem amor de verdade.
o que talvez eu não tenha deixado tão claro lá é o como eu queria fazer parte de algo assim.
não precisavam ser 50 dias, 22 países, etc etc. precisava só ser algo novo e empolgante, que viesse junto com um monte de paixão e vontade de realizar.

e muito por isso eu acho que deveria voltar à produção. porque a produção é assim. ela se encarrega de fazer uma coisa nova e isso da gás.
não como o que eu fiz na matizar. - porque por mais que eu amasse ali, e a gente dali ser gente que eu gosto e o projeto ser bonito e tudo, não cuidei dele no começo, e só tinha mesmo pra fazer uma parte chata de finalização.
eu queria fazer alguma coisa de produção mesmo. pegar um projeto do início. desenvolver a coisa toda. levar adiante. ver pronto.
a coisa do filho.
e depois que o filho nascer, colocar na estante e fazer outro.
outros tantos quantos forem precisos para a vida ser mais. mais bonita e mais feliz e mais cheia de mudança.

essa coisa minha de escrever um monte só existe em dois momentos. o de tristeza ou o de euforia. e agora eu sei que nesse segundo é o de euforia... mas essa coisa faladeira dos últimos dias, esse ser postante dos meses de agosto e setembro é um mix perfeito dos dois.
uma bagunça.

-

de um jeito ou de outro, "escrever esclarece", falar até cansar de um mesmo assunto, desopila e distribuir sorrisos é sempre um bom jeito de começar o dia.
mesmo com os problemas. mesmo com as dores. com as contas e com os pés machucados, mesmo com os corações e os corpos cansados.
tudo há de se resolver.
porque eu estou aqui e eu sempre vou estar.

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