sábado, 25 de agosto de 2012

sábado a noite.

fiz uma massa.
fiz um molho.
tomei um vinho.
não sai.
não tomei banho.
não lavei cabelo.
to ouvindo cícero.
(cícero cantando los hermanos)
(cícero cantando cícero)

hoje olhei seu twitter.
olhei o artur.
hoje eu olhei seu facebook.
e a foto, com seus amigos.
e deu saudade, daquele short verde horroroso e lindo que você ama.

volto a mim.

não vou sair.
e o vinho embriaga doce e leve e lento.
não vou sair.

tem tanta gente que eu podia...
eu podia...
eu não sei se eu posso mais.

metade da massa ficou.
esfriou.
(a gente esfriou. por isso, acabou)
o vinho era um resto.
mas tem uma garrafa cheia.

devo abrir?
se eu abrir?
eu vou te ligar?
não quero te ligar.
não quero que você descubra que eu ainda te amo quando me embriago.
(pelo menos, eu só te amo quando me embriago)

esses dias eu tinha esquecido tanto você.

carmenere.
era carmenere a uva.
era meu esse vinho.
e sou eu, desse jeito doce de vinho.
desse jeito leve de vinho.
desse jeito doce e leve de lembrar de você e das coisas doces e leves de nós dois.

ainda bem que quando passa o vinho,
também passa você.
ainda bem que amanhã eu não vou precisar mandar e-mail explicando.
porque, afinal, esse blog é meu,
e nele eu faço o que eu quero,
e eu não preciso me explicar,
nem  justificar.
nele eu posso embebedar
(me embeber)
(te beber)
posso te embebedar?

te amo, agora.


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