Dai para a frente ambos cerraram os livros, e os guardaram. Conversaram, pareciam se conhecer há vidas. Tinham tanta coisa em comum, gostos tão peculiares e tão pares. E - puxa - ele tinha os olhos mais vivos entre todas as pessoas do mundo!
Era uma sexta-feira. Quem daria algo por uma sexta-feira num ônibus? O melhor que podia acontecer era apaixonar-se por Winston, ou odiar o Grande Irmão... Capaz!
Ao chegar no primeiro destino decidiram caminhar, aproveitar o sol, que como nunca brillhava no céu anunciando a chegada de um dia especial e do sentimento maior que sentira.
Ele tão cavalheiro, tão polido e educado. A fez companhia, com o intuito de ajudá-la a gastar o tempo livre. Não como sacrifício, pois certamente, assim como ela, estava verdadeiramente encantado pela infinidade de semelhanças que tinham, mas bem ou mal perdendo precioso tempo das belas ondas do mar, que estava encantadoramente verde e convidativo naquela manhã do Rio de Janeiro.
Ela tinha afazeres, mas não queria deixá-lo. Ainda não estava apaixonada - se recusava a senti-la por alguém tão despretensioso - Mas encantada, certamente.
Combinaram um encontro para as horas que seguiriam, na praia.
Enquanto esperava no consultório médico a hora de entrar, borboletas assanhadas dançavam um ballet em seu estômago, quase saindo pela boca tamanha ânsia de ver o tempo passar.
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