acabei de acordar e o dia está bonito, e a notícia é de que não vamos ter furacão aqui em miami dade.
ainda pode mudar, sempre pode, mas parece que vai ser mais tranquilo do que a gente estava esperando. que bom.
agora que já temos comida e preparação emocional para um final de semana inteirinho de ficar em casa, trabalhar, produzir, ficar criativos, comer... me vem essa noticia.
desprepare-se.
claro que o dudu que já se organizou todo pro furacão agora quer viver como se o furacão fosse passar. não dá pra mudar os planos. aceita que é isso ai. que vamos ter que pegar esses dias e fazer deles "dias de furacão".
ai que coisa chata.
das coisas chatas do dudu, acho que o "não" é a que eu menos gosto. logo na sequência vem isso. essa necessidade de seguir o plano, de fazer o que ele se comprometeu emocionalmente pra fazer.
e eu sei que eu sou livre e independente para fazer o que eu quiser, mas isso acaba desembocando numa necessidade que eu sinto de fazer coisas em boa companhia, e não poder contar com a minha companhia favorita porque ele já está emocionalmente entregue aos seus compromissos firmados com ninguém, imutáveis.
eu entendo que ele faz isso porque é assim que a cabeça dele se organiza. e tudo bem, a minha se organiza com a casa em órdem, a rotina, a repetição das coisas, o escrever. a dele, com programação e a necessidade de seguir a risca o combinado - mesmo que ele só tenha combinado com o cérebro dele.
mas é muito chato.
o dudu nunca vai responder um "vamos?" com outro "vamos!".
hoje mesmo eu acordei e tava olhando o instagram (coisa que eu não to muito afim de fazer nas manhãs, por isso já deixei o celular e vim aqui escrever) e tava vendo um perfil de famílias que saem em vans para conhecer o mundo.
eu chamei ele e disse: a gente devia fazer isso. se organizar, juntar uma grana, pagar as nossas contas, e quando acabar o nosso contrato aqui a gente ir conhecer os estados unidos.
ele antes de qualquer coisa colocou dois problemas: o pastrami e o green card.
porra, da pra sonhar quinze minutos antes de vir com os problemas?
e o pior... que ele fala um sim torto, já colocando defeito em tudo, que eu sei que é pra me agradar. que eu sei que ele fala aquele "ahan, podia sim, mas..." só pra eu não ter argumento quando eu falo que tudo ele fala não.
eu não falei: vamos agora comprar uma van e sair viajando o país. a gente ainda tem 10 meses de contrato nesse apartamento. eu acho que é tempo o bastante, se a gente de fato construir um sonho assim, de se organizar e ir.
ou então, mais ainda, se vamos esperar o green card, temos ai pelo menos 1 ano e meio, dois... não falta tempo. falta é aquele sentimento de let go. de vamos vamos. !
a sorte dele é que eu só consigo listar esses 3 defeitos nele: o não, o plano e a lerdeza.
no mais ele é mesmo incrível. doce, amoroso, inteligente, carinhoso, paciente, amigo, leal, criativo, entusiasta (salvo a parte que ele diz não pra tudo primeiro, e depois pensa, e ai vibra).
não dava pra ser perfeito né?
***
eu só imagino o que ele diria de mim nessa posição. se depois de ouvir uma coisa que ele não gostou de mim, ele sentasse pra escrever os sentimentos dele, o que será que ele diria? será que ele veria meus defeitos com clareza? será que ele seria raivoso, odioso, ou carinhoso e leve?
como será que ele veria isso tudo?
como será que ele se sente quando eu sou uma porteira de tão grossa? quando eu não sei como reagir a alguma coisa e coloco a culpa nele? ou quando eu simplesmente mudo todo o combinado em cima da hora sem nenhum remorso?
será que são esses os principais defeitos que ele vê em mim? será que são essas as coisas em mim que mais imcomodam a ele?
***
eu amo tanto esse menino lerdo.
agora mesmo, to aqui pensando: vou acabar de escrever, levantar, fazer o café, colocar a mesa pra quando ele chegar. montar uma mesa bem gostosa, pra nós dois, cheia de amor, de delícia, de carinho.
vou colocar uma música, vou colocar a mesa, vou viver esse dia - meio do meu jeito, meio do dele.
droga, ele chegou.
demorei demais!
lá vou eu. :)
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