quinta-feira, 29 de agosto de 2019

4:25

e agora?

faz o que?

***

4:26

to com aquele sentimento muito bem definido pelo dudu quando ficou chapado pela primeira vez: pensando em muitas coisas.

o problema é que quando a gente ta feliz a gente pensa em muitas coisas. loucas, boas, leves, coloridas, que mudam, evoluem. etc.

a foda é quando a energia tá ruim, e nem o beck ajuda a deixar bom. ele deixa criativo, mas uma criatividade escrota de pensar em muitas coisas, mas todas esquisitas.

dá um senso de responsabilidade de realizar coisas irrealizáveis pra aquele momento. esse momento.
esse momento.

eita, pera. olha o beck trazendo o bom já. esse momento. é o que eu tenho. lembrei que eu tava hoje pensando (acho que escrevendo também) que eu quero conseguir viver o agora com mais qualidade. uau. quando era mesmo que eu tava sentindo/falando disso de viver o agora?

eu sei que eu vivi de manhã, quando eu dancei amor amor na sala. um agora maravilhoso, um agora fundamental. e ai agora quando eu escrevi agora eu vim pra ca. pra esse momento. eu me sentrei no sentir agora e viver agora.

eu lembrei que não tem esse monte de problema amanhã porque agora eu to aqui. e agora não tem problema nenhum. agora a temperatura está perfeita, eu não precisei até agora do número um e nem da exclamação - que são exatamente as duas coisas que eu perdi quando o dudu derrubou a vela no meu computador - eu não to mais chateada com ele. mto pelo contrario, eu ja to completamente apaixonada de novo - pqe ele ta respirando gostoso aqui do lado e da vontade de abraçar ele nuna conchinha - e porque hoje ele cortou o cabelo tão lindo, que eu me apaixonei outra vez. eu entrei em casa e olhei pra ele e ele tava lindo.

eu agora to me lembrando como foi boa aquela sensação de chegar em casa - eu tava cansada, irritada, sem paciencia, dolorida, indecisa. toda esquisita. e eu entrando em casa, cheia de coisa na mão, abro a porta e ele tava entrando ou saindo ali do lavabo, tão lindo, com aquele corte de cabelo novo e a barba feita, naquela hora eu imagino o sorriso que eu abri.

é um amor tão grande e tão profundo que eu sinto por ele. esse menino tem um sorriso que me derrete toda. o jeito dele me mostrar todo dia o quanto que ele me ama em tudo é a maiot e melhor de todas as coisas da vida.

a gente senta no sofá e se entrelaça. é sempre a mesma rotina, eu quero ver as coisas repetidas, as minhas séries, até dormir. ele quer ver algo novo, que eu geralmente gosto mto - em tese - mas sei que não vou amar na prática.

acabo dormindo antes do fim do filme, e ele sempre faz tudo sempre igual com muito amor. acaba de ver, me chama pra cama, faz carinho, faz conchinha, encaixa o corpinho dele no meu.

eu não sei porque eu achei que meu dia foi ruim. só de ter tido esse momento com ele, o dia já foi bom.

***

gratidão.

que coisa engraçada. acho que fazia mto tempo que eu não sentia esse sentimento (embora hoje de manhã eu tenha sentido muita felicidade na minha conexão comigo naquele momento - o que se assemelha bastante ao sentimento de gratidao).

mas eu agora realmente senti. que engraçado. e que gostoso. senti mesmo. senti o coração mais quente, os braços arrepiados, o sorriso abriu e até os cabelos da cabeça deram aquela leve arrepiada que causa um choque/dorzinha esquisita.

uau. tinha tempo que eu não sentia tão bem assim as sensações no meu corpo. que bom que eu peguei esse beck. eu consegui sentir-me em paz o bastante (agora acho que consigo voltar a dormir), me lembrei de como eu na verdade e estou feliz e senti gratidão. e ainda por cima me fez sentir e descrever sensações de uma maneira que me deixou muito feliz.

que coisa boa. que bom é escrever.

oh deus. só existe uma verdade: escrever esclarece.

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