Quando tudo parece escuro, turvo, ralo, fraco e triste não há muito o que fazer. Não há palavras, nem lágrimas, nem descabelos, nem crises, nem vela... Não há como confortar.
Vazio é pouco. Vazio é muito pouco...
Perder alguém sempre leva um pouco. Um pedaço.
Como um pedaço d'alma.
Muitos amigos hoje perderam o amigo; muitos amigos hoje perderam um pedaço.
Um pedaço cheio de sorrisos, de alegrias, brincadeiras.
Um pedaço que brigava e discutia todas as manhãs.
E depois abraçava.
As lembranças mais gostosas, dos idos de 2003... Dos intervalos disputando o pote de maionese, das conversas... Ah! Quantas lembranças daqueles sorrisos. Quanta coisa boa para guardar na memória.
Descansar quem estava cheio de gás não é bem que se pode desejar... É talvez esperar que aproveite ainda mais longe daqui.
Esperar que as festas de lá não tenham bebida, e que se tiverem, que não tenham direção, e que se tiverem, que não tenham curvas, e que se tiverem, sejam feitas, e que se não forem, algo mais sirva para evitar um dor tão imatura, tão desnecessária, tão jovem e fresca e cheia.
Mauro Gonçalves Neto
24/11/87 - 25/07/10
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