Não entendeu nada daquilo sobre salto alto e por isso decidiu experimentar.
Mas salto alto às nove da manhã não é demais?
Nada!
Pôs nos pés um salto tão alto que seria capaz de ficar até mesmo mais alta que ele.
Para contrastar a roupa era casual. Jeans e Preto.
Finalmente tirara os esmaltes da unha.
Até então estava com eles descascados. Tinha achado poético...
Até pelo menos às duas da manhã. Depois voltou a achar feio.
Lá pelas quatro era pura poesia de novo.
Mas também com aquela lua branca, redonda, sublime e só no céu, não era possível não haver poesia!
Agora as unhas não tinham nada. Eram curtas, cortadas rentes, sem esmalte e sem alegria.
Ainda havia poesia.
Precisava correr, trabalhar.
Claro que não iria enquanto não acabasse de dizer tudo que tinha pra dizer.
Não havia o que dizer.
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