sábado, 19 de junho de 2021

bom dia.

acordei. não recomendo.

não por nada em especial. 
mas é que acordar vem junto com todas as preocupações.
e no momento eu tenho várias.

o duro é que são todas ligadas a dinheiro.

pra começar, essa coisa do meu útero.
é claro que quando eu soube que podia estar com alguma coisa séria eu tive muito muito muito medo pela minha saúde.
mas agora que o desespero passou, o medo é ter fôlego financeiro para bancar o que vem ai.

fora o medo ainda maior de se eu não conseguir trabalhar por qualquer razão.
eu vou viver de que?

meus medos rodam rodam e voltam sempre pra esse lugar - e esse lugar me tira o sono.
tipo hoje, que eu passei a noite pensando que eu preciso ir no dentista e provavelmente tirar esse dente que, além de ET (aquele meu siso que nasceu de lado), tá com certeza doente. tá cinza e doi.

se eu tivesse tranquila a primeira coisa que eu faria era marcar um dentista segunda feira e resolver.
mas eu não tenho.
uma brincadeira dessa pode custar todo o dinheiro que eu tenho para o mês.

depois eu vou falar com camila.

pensei tanto nisso que acabei sonhando com ela a noite toda.

não queria ter que pedir algo assim; mas também preciso pedir conselho.
e nesse grupo a gente sempre pede conselhos.
então acho justo pedir. mas não sei como.

***

hoje vou lá na deza pegar as plantas.
não faço a menor ideia do que fazer com elas.
mas tenho andado meio impaciente quanto ao meu apartamento assim tão bagunçado.

to pensando em amanhã ir naquelas feiras, antiquários, procurar por doações.
quero mobiliar essa casa. mesmo que depois eu canse e ache o que eu quero e mude.
eu não aguento mais essa casa assim.
isso tá me incomodando demais.

pelo menos o suporte da TV a gente precisa resolver.

***

to sem assunto.
não sei se é porque to meio azeda, e acordei assim, borocoxô.

pqe outra razão seria, anyway?

ah é. talvez seja o medo de estar doente, o medo da falta de grana, os medos todos juntos me corroendo.

arghhhhhhhh.
wheres brave lulu?

domingo, 13 de junho de 2021

o mundo é azul; qual é a cor do amor?


acabei de fazer uma coisa que eu acho que não fazia aqui há anos.
escrevi um monte de coisa; achei tudo ruim, desconexo, solto e inconclusivo.
apaguei.

eu não costumo apagar as besteiras que eu escrevo pqe eu sinto que em algum momento elas vão me vestir.
mas hoje não acho que tava falando, pela forma, pelo caos.

e eu to aqui numa dessas noites caos, insone e super acordada - juntando com o cazuza e a chapaceira.

***

acho que vou trocar o cazuza pela dido;
vou pegar um livro.

eu dei uma parada nas leituras essa semana pqe comecei um terror; e não sei se to na vibe.
acho que vou ler um livro novo.
ou talvez esse mesmo esteja bom.
bom mesmo é ler qualquer coisa até o beck bater e o sono bater.


boa noite.
la vou.

terça-feira, 8 de junho de 2021

voltei a tomar pílula

desde ontem.


quando eu vim morar aqui nos Estados Unidos, há quase 5 anos, essa coisa da pílula fazer mal estava começando a ser falada. ainda era uma coisa muito discreta, os médicos no brasil ainda prescreviam pílulas como se não houvesse amanhã, como se não causasse nada de mal para as mulheres que as tomam.

eu já tomava há quase 15 anos, e estava absolutamente adaptada - na verdade, desde sempre foi algo que me adaptei muito bem. a pílula para mim me caia como uma luva.

mas a consciência e até o medo, junto a dificuldade logística (já que aqui no Estados Unidos é um saco conseguir pílula, além de ser caro para cacete) me fizeram tomar a decisão de parar.

no começo eu pensei "vai bagunçar tudo, mas daqui a um tempo vai regular tudo de novo". só que na verdade foi ao contrário. começou muito bem, e eu me sentia maravilhosa sem a pílula.
mas com o passar do tempo esse sentimento foi mudando porque as reações do meu corpo também foram mudando.

o fluxo passou a se intensificar muito - e ok, era como se eu tivesse de fato "menstruando". aquilo me fez sentir mais forte, mais feminina, mais conectada com meu corpo de alguma maneira.

mas acho que o problema real mesmo foi a noção de como os meus hormônios (ou os de todas nós mulheres) bagunçam nosso humor - e muito mais.

primeiro que as minhas crises de TPM são homéricas. a sensação que eu tenho é que uma vez por mês eu tomo uma decisão muito forte e definitiva - até aqui, apesar de impulsivas, elas tem sido ponderadas. mas eu tenho medo de onde que isso pode me levar.

sem contar a pele. que agora, aos 30 e poucos, é a pior que eu já tive em toda a vida. e que claramente passa por picos de piora no meu período menstrual e no meu período fértil. é uma fucking montanha russa, semana ruim, semana boa, semana ruim, semana boa. sendo que o boa nem é boa. só não é tão ruim.

dito tudo isso, conversei com a larissa e tomei a decisão: voltei pra pílula.
e ai vou lidar com a chatice logística, com o medinho de estar fazendo uma péssima escolha, e com a culpa de estar voltando atrás numa decisão pela qual eu levantei tanta bandeira.

mas bora. é isso. tentar o que funciona para mim.

espero que eu consiga o que eu quero. 
e que não perca nem uma gotinha de libido - que já anda faltando, btw.

domingo, 6 de junho de 2021

por ser domingo...

...a insônia já faz parte da expectativa.

mas ainda são 1:35am e eu já estou há mais de meia hora brigando com meus pensamentos.
melhor tomar uma atitude logo e tentar resolver da maneira que eu melhor conheço.

o beck ta aceso, e preso entre os meus dedos enquanto eu digito.
a fumaça sai da ponta do baseado em forma de dança, de uma maneira quase sensual.
eu queria que meus problemas estivessem mais dançantes e sensuais; mas a sensação que eu tenho é que os problemas estão se mostrando os mais simples e chatos.

falta de organização, bloqueio de criatividade, quebra de pensamento, dificuldade de liderança.

7:30am eu tenho reunião com a equipe.
e eu preciso começar agradecendo marina por toda a dedicação.
mais uma vez ela dá mais que o esperado. ela sempre vai além.

então mesmo quando ela erra, ela acerta.
e eu não posso deixar de highlightar isso.

depois, eu quero, junto com elas, organizar de novo a nossa parede de TO DO's.
e meu caderno.
eu quero conseguir entender tudo que está pronto, ter certeza que tudo está bom e correto.
mas quero trazer as novas ideias.

agora que vamos oficialmente começar nosso primeiro instagram junto com a skep, com criação de conteúdo e 100% do nosso jeito, tudo que eu preciso é fazer o mais maneiro dos cases possível.
eu preciso pessoalmente tomar conta da construção do feed, do conteúdo, de tudo.

eu preciso conseguir ter tempo para isso.
meu desejo é que cada dia da semana eu tire um tempo para falar de um cliente específico na reunião da manhã.
segunda-feira posso sempre falar de PICO; pqe segunda é dia de reunião com a pico.
terça-feira pode ser sempre sobre SERABONDY. preciso estar num momento criativo; e terças geralmente são bons dias de criatividade.
quarta é dia de falar sobre TALITA. é o mais careta, e o que tem que ser mais cuidadoso. é bom ser quarta porque dá pra já pedir na quarta mesmo o conteúdo de sexta e tê-lo pronto na quinta.
quinta eu quero falar de INTELLY, mas honestamente não me vejo gastando muito tempo para pensar, porque o desenvolvimento já está feito e até o fernando me procurar para fazermos a tal reunião, eu nem vou me preocupar para não sofrer por antecipação.
na sexta é dia de pensar o CRIATIVO. e entender como as meninas estão. se estão sobrecarregadas, se está sendo bom o bastante, se elas conseguem dar conta de muito mais.

se a gente fechar mais alguns agentes da compass, a gente vai ter muito trabalho, e ai eu talvez precise aumentar a minha equipe.

eu realmente acho que agora é hora de entender o esquema do estagiário.
será que geani conseguiu?
que vou conseguir ter um estagiário de mídias sociais?

***

o beck tinha apagado, mas volto a ele.
a fumaça volta a dançar e eu permito que ela me inebrie.
na minha cabeça lamento sertanejo toca, linda. me lembra o papai, sempre. a tia Katia me cantando e dizendo que a ela também lembra o papai, o dudu cantando e me tirando pra dançar e me fazendo rir.

***

como é bom estar apaixonada pelo amor da minha vida outra vez.


inação

me pego vivendo numa roda daquelas que os ratos giram. super super ativa, mas sem sair do lugar.
não há mto tempo, antes de mais nada.
é algo recente; relativamente. sobretudo porque eu sinto que a intensidade da coisa vem aumentando com uma força desproporcional nessas últimas semanas.

me sinto cansada, preguiçosa, desanimada, prostrada, improdutiva, pouco criativa. sinto as pontas soltas e a ansiedade me corroendo por tudo que eu podia e devia estar fazendo e não tenho conseguido.

hoje não consegui fazer nada; numa mistura de trabalhar e finalizar o que eu precisava, descansar e não ter tesão no que eu tenho pra fazer, me vi vivendo de alguma maneira um dia em que me reconheço com depressão.

tudo isso podem ser percepções extra marcadas pela TPM. pode ser exaustão mesmo, depois de muitos e muitos meses girando uma engrenagem complexa, pesada e estressante.
mas o fato é que eu to com medo... medo mesmo, um medo que quase me paralisa.
medo de estar voltando a ter depressão; medo de entrar num lugar e não conseguir sair de novo; medo de me analisar demais, me cobrar demais, me permitir demais, me satisfazer demais, me frustrar demais, e por ai vai.

a casa vive sempre uma bagunça.
não importa quanto eu a arrume. como tudo é feio e nada tem lugar, nada me da tesão.
tudo vai se acumulando pelos cantos, porque meu corpo se arrasta da cama pro tapete e do tapete pra cama, passando pela banheira - de forma até bem reduzida.

e toma de corpo deitado; pouco movimento e pouca ação.
não tenho força para ter ... me falta a palavra. não é proatividade que eu estou buscando. mas é quase isso.
me falta força para dar o primeiro passo; para levantar da cama e fazer algo, começar algo. tomar uma atitude, puxar pra mim a responsabilidade de fazer algo com o meu dia.

eu sinto que as horas vão passando e que eu vou jogando elas pelo ralo. nas primeiras horas eu sinto um prazer imenso em fazer isso. nada. descansar o corpo que está exausto; depois o celular não desgruda da mão, mesmo sem ter nada o que ver. mesmo sem ter nada para fazer.
ficamos ali naquela situação de dependência ridícula em que eu pulo do instagram, pro twitter, pro joguinho, e de novo pro instagram até eu me entediar a ponto de baixar um joguinho novo só para ter com o que me ocupar.

e nesse misto de ansiedade e apatia, o celular é algo que me causa uma relação de amor, ódio e dependência.
quando eu escrevo, claro, eu percebo, eu sinto, eu desenho para mim mesma.
e eu sei que eu devo fazer mais.
quando eu escrevo eu me lembro de mim.

é como se escrever fosse a única coisa capaz de me tirar da apatia em que eu me coloco quando me sinto assim.

mas não é também como se fosse fácil escrever.
dar o primeiro passo, até para escrever, às vezes me parece um passo maior que minhas pernas podem dar.

levantar pra pegar o computador? exausta.
levantar para cozinhar? mas eu quero algo simples. uber eats de preferência.
nem sair para jantar me enche os olhos.
mas ficar em casa também não me enche os olhos.

hoje voltei a fazer contas de entradas e saídas e me preocupar com o destino.
o destino.
não é como se eu estivesse preocupada com o destino, de fato. eu to preocupada com o caminho.
e com o fato de que eu de vez em quando perco a fé no destino.

eu acredito em tudo que eu quero pra mim e sei que eu vou conquistar;
mas sei também que esses momentos de baixa de energia me tirar um pouco o fôlego e me paralisam de certa maneira.

eu não quero e não posso parar. não da para diminuir o rítmo;
ainda que dê sim para diminuir o ritmo de trabalho.

mas isso não pode significar diminuir o ritmo da minha vida.
eu não posso passar um sábado plantada em casa, sem construir ou executar nada de bom para mim todo um dia.
mas será que eu sou mesmo tão ruim assim?

eu acabei de ler um livro (que li em 2 dias, o que me orgulho, pq é parte do meu exercício de não usar muito o celular);
comecei a ler outro livro (e ai já começo a achar que eu sou muito exagerada em tudo; li um livro em pouco mais de um dia, e ai já quero começar a ler outro... mas ai perco o foco e o fôlego e quase me afogo no meio disso tudo);
além disso começamos - e acabamos! - lupin. uma série ótima; a qual eu vi prestando 25% da atenção necessária enquanto eu jogava mais um joguinho idiota que deveria me tirar mas acaba causando mto mais ansiedade.

já é de outros carnavais que eu sei que quando estou assim, tudo que pode ser aliado se torna algo ruim, se torna reflexo das minhas ansiedades e angústias, e acaba vindo desmedido.

eu também trabalhei, organizei tudo com as meninas para subir os tais posts da melhor forma e o quanto antes.
e no final tali, num daqueles arroubos de mau humor e cobrança excessiva (ou talvez nem seja. mas eu to sentindo assim porque to sentido tudo demais - como reflexo dessa culpa e dessa ansiedade) me deixou mais uma vez pisando em ovos e angustiada.

essa coisa de trabalhar com a tali me causa isso.
é trabalhar com a minha amiga, mas muitas vezes é a complexidade da mistura dessas linhas.
e isso é mesmo algo difícil de acertar pra mim.

***

de todo modo; são 4:30 da manhã.
vou fazer o que eu sei que vai dar certo.
acabar de escrever, pegar um copo grande de água, tomar e levar alguma água pro dudu também.
fumar um baseado e ler um pouco meu livro até dormir.
amanhã vou acordar e vou a praia. espero que luanna acorde cedo e me faça companhia.
não quero levar pastrami a praia esse fds porque ontem dudu deu banho nele - nem isso eu fiz; nem isso eu ajudei.

não ajudei a fazer nada praticamente.
a casa ta uma zona -- o melhor que eu fiz foi empilhar os pratos na pia para o dudu lavar;
o pastrami tomou banho, e depois que ele precisava secar eu tratei de ajudar, levar pro sol e encontrar a melhor solução;
dudu decidiu o que ele queria de almoço e eu nem ia me levantar para fazer; a coisa é que ver ele fazendo acaba me dando o gatilho de começar e a coisa então flui.

às vezes eu sinto isso, que se eu tivesse alguém ao meu lado que me fizesse me mexer mais, ao invés de me mimar tanto - e eu amo amo amo amo que ele me mime, mas pensando de forma fria, talvez se ele me incentivasse mais a fazer coisas do lado de fora, se arrumasse e se vestisse e falasse "to indo. bora. põe uma roupa", e me desse ideias divertidas do que fazer, novos programas e tudo o mais, talvez eu fosse.

talvez não; talvez eu só ia ficar mais frustrada.

***

eu queria me apaixonar por ações da mesma forma que me apaixono por palavras, por pessoas, por ideias.

***

eu quero, e preciso muito, ser ativa. viver a vida do lado de fora; não deixar esse arroubo de inação tomar conta de quem eu sou e dominar meus pensamentos, sentimentos e fraquezas.
eu preciso conseguir usar as minhas armas para agir.

amanhã eu não vou ficar prostrada. eu vou acordar e vou fazer algo útil e produtivo da minha vida - nem que seja organizar minha casa e minha semana de trabalho; nem que eu leve o notebook para a praia e fique la trabalhando até eu sentir que a casa ta arrumada.

***

boa noite.

quarta-feira, 2 de junho de 2021

insone

aff.
5 da manhã e já tem pra lá de hora que eu to rolando na cama, pensando em trabalho, ansiosa com besteiras mil.

é claro que olhar o celular não ajuda; nem ficar revirando os pensamentos, os medos e as mágoas.

resolve o beck, e o insonia. resolve escrever pra esclarecer.
só que logo hoje? logo hoje que eu tenho tanto pra fazer e um dia todo atribulado de coisas e ideias? obvio. é sempre nesses dias. quando vc mais precisa do seu corpo e do seu espírito tranquilos e felizes, é que a coisa pega fogo na cabeça.

eu na verdade to escrevendo só para passar o tempo enquanto eu chapo. eu preciso realmente chapar para dar conta do tanto de besteira que me vem a cabeça, e preciso escrever para evitar ficar alimentando minhas neuroses com o celular.

***

o celular tem sido um dos maiores problemas da minha vida. eu preciso controlar o uso dessa porcaria na minha vida. o tanto de tempo que eu perco - e o pior, o tanto de coisa que eu nem penso, ou lembro, que posso fazer por causa do celular é surreal.

eu preciso aprender a deixar ele longe, a não usá-lo como meu meio de diversão.

eu preciso de um livro novo para ler. mas antes preciso terminar o livro que Eduarda me disse pra ler.

aliás, eu hoje tenho terapia e vou falar com ela sobre o celular. eu preciso encontrar uma resposta pro meu problema com o celular. espero que ela me ajude.

***

no meio tempo que eu escrevia, o beck bateu. acho que agora eu vou pra cama, colocar o celular pra me acordar as 8:45; e ai vou ler um pouquinho da 'filosofia da transparência' para o sono vir. ainda bem que o sono ate já veio hehehehehe

***

beck e insonia: as respostas pra 90% dos meus problemas. os outros 10% é dido.