hoje é o sétimo dia depois da morte do papai. e embora por um milhão de vezes eu tenha pensado que preciso escrever, eu to simplesmente fugindo disso.
doi tanto. eu não sei por onde começar. o que dizer, como sentir, quando falar, quando não falar, chorar, sofrer, rir, lembrar, fingir não estar acontecendo, dormir, acordar com insônia.
é uma puta confusão na cabeça da gente. é uma bagunça total.
quem inventou isso de morrer? que ideia...
puta. que dor. não consigo escrever. não consigo realizar. o que eu sinto é tão maluco, tão confuso. tão. tão. tão.
consigo falar dele. escrevi sobre ele, algumas coisas - poucas - mas escrevi. porque ele era fácil. riso fácil, estresse fácil, comida fácil - só que bem complicada e cheia de bagunça - amigos fáceis, casa amor colo carinho música cantoria etc etc etc. putz. meu pai. como assim meu pai?
god.
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