É só uma imensa e desmedida vontade de tirar litros de aflição e peito apertado de dentro de mim.
É como se eu me culpasse pelas minhas escolhas, e como se eu tivesse tão cansada que não tivesse forças sequer para reconhecer quais escolhas são essas.
É como se eu tivesse do lado de fora desse avião, caindo num vazio de nuvens brancas. Que é bonito, mas perigoso e dolorido e inveriavelmente catastrófico no final.
Mas eu não vou permitir a catástrofe. Não vou permitir o esmorecer do amor. Não vou deixar que nada me escorra, que nada me escape os dedos.
Porque na vida o mais forte mais belo e mais profundo que eu tenho é esse amor. De todos os dias felizes, de abraço, beijo, cama e sofá. Da alegria e da angústia. Do saber e do não saber. Do torcer sempre pelo melhor, mesmo sem concordar com as escolhas.
Do saber que existem problemas. Fundos grandes verdadeiros. Mas que nenhum deles é grande o bastante. Que nenhum deles é forte o bastante. Que só esse amor me basta e me completa e me preenche. E que eu quero cuidar dele, dia a dia, hora a hora.
E que ainda tem a mim, essa coisa de cuidar de mim. Do espelho, da eterna briga com o espelho. E da vontade do belo.
E ainda tem o trabalho.
E ainda tem essa coisa toda de saúde/comida/médico.
E ainda tem tanta coisa...
E eu só quero chorar. Até passar. Até secar. Até eu voltar.
Um comentário:
Estou assim tbm: vontade de chorar.
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