É que eu me deixo moldar pelo amor. Moldo meu corpo pelas reações de você.
Um mínimo é tudo, num infinito de sintonia eterna. Um toque é a vida inteira ao seu lado.
Quando te olho, enxergo tão claro que cego. Cego de uma luz tão forte que me torna incapaz de mensurar. Cego tanto que preciso te tocar.
E quando te toco, é como se eu perdesse o tato. E só as pontas dos dedos são incapazes de sentir.
Quando te toco com as pontas dos dedos preciso de braços, pés, pernas, boca, nuca, mão - e a sua mente, não...
E quando já não sinto nada, é o teu cheiro que me vem. Penetra em cada poro do meu corpo o seu cheiro de banho, de um banho que é meu e seu. De um banho que é quente e frio. De um banho que falta. Perco também o olfato.
Vou perdendo, um por um dos sentidos. Vou amando, e perdendo de pouco a pouco, um pedacinho de mim. Perco a noção do tempo, do espaço, da lógica e da órdem natural de tudo.
Me perco em você e te perco em mim.
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