Mexo, mexe, remexe, me mexo.
Escrevo, leio, olho, digito, apago, releio, escrevo.
Adoro a dança das letras.
É a dança maior entre as minhas.
Só dedos, e coração, e mente, e corpo todo.
Na minha dança das letras dançam toda eu e a respiração.
Na minha dança das letras dançam toda eu e o coração.
Escrevo, me animo, me canso, me lanço, me jogo, me esqueço, me testo. Só teste.
Inspiro. Algumas vezes em mim, outras nos outros, algumas demais ainda no dia lindo, ou no dia feio, ou no algo lindo, ou feio. Me inspiro em pequenas danças: na dança dos olhos, na dança dos dedos, na dança do sol, na dança do corpo, na dança do flerte, do beijo, do corpo a corpo. Me inspiro na dança maior, que rege tudo, pleno e mais, e sempre.
Quando escrevo danço. Quando não escrevo, danço.
Quem me escreve me toma e me rouba para uma dança. De quando em quando, gosto; de quando em quando, nego.
Hoje nego tudo. Mas danço... Não deixo de dançar nem por nada.
Danço porque há vida pulsando, danço porque nada pode nunca parar.
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