terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
encontrei um vaso, com um punhadinho de sementes, e junto um bilhete que dizia: "planta".
procurei areia, pus no vaso, coloquei um pouco da semente. não vingou.
me disseram que eu deveria usar terra. tirei a areia do vaso, pus terra e coloquei um pouco da semente. nada aconteceu.
pensei que se sinto sede, talvez a semente também sinta. joguei um pouco de água e alguma coisa mudou por ali.
a plantinha começou a nascer, mas ela ainda era muito pequena e sem força.
um dia, fui passear, e levei o vaso comigo. um pouco de sol trouxe mais for;ca à plantinha. comecei a regar e levar ao sol sempre.
fiquei sabendo que existe uma coisa chamada adubo, e que adubo é bom pra plantinhas. foi difícil de conseguir adubo. não é muito comum na cidade grande. busquei la no interior, procurei em lugares que eu nunca fui. até que encontrei adubo.
com o adubo, a água, e um pouco de sol, a cada dia eu percebia uma mudança na minha plantinha. ela finalmente brotou, e vingou.
e ai, era água pra ca, sol pra la, adubo acolá. toda hora eu ficava ali, em volta da planta, vendo ela crescer.
um dia quando eu acordei e fui olhar a minha plantinha, vi que ela tinha um botão de flor. fiquei pensando que aquela seria a flor mais linda de toda a terra. a flor mais cheirosa e a mais forte. a mais cheia de qualidades entre todas as flores que existem.
a flor era realmente tudo isso. e ainda mais. eu passei a contemplar aquela flor com tamanha paixão que toda a minha vida se modificou pra que eu tivesse tempo e disposição pra contemplá-la. eu olhava a flor, fotografava a flor, contava para os meus amigos que aquela era a flor mais linda de todas. e eu não cansava de passar meu tempo enumerando as qualidades daquela flor, de tentar encontrar toda a beleza presente ali.
ocupada com a minha contemplação, o tempo de regá-la foi tornando-se mais escasso. mas aquela flor tão forte poderia resistir a um dia sem água, porque afinal de contas, ela era a mais forte das flores. ela também poderia resistir a dois dias sem sol. ela já estava tão bonita, que o sol não seria assim, tão importante... e até mesmo o adubo, não era nada de mais esquecer de adubar a flor por uma semana.
em algum tempo, a minha bela flor começou a mostrar que estava diferente. perdeu a cor e o vigor. foi ficando fraca, fraca, até que um dia, enquanto eu olhava triste pra ela vendo a sua fraqueza, ela se virou pra mim, abriu os olhos e começou a falar:
- sem água, sol e adubo não vou continuar sendo bela e forte. para me contemplar você precisa me regar, me levar pra passear no sol, me trazer terra fresca e adubada. me alimentar com tudo aquilo que você mesma precisa.
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