Sabe qual é a coisa no mundo mais linda que tem?
Quando eu chego tão perto, mas tão perto da sua boca, que eu consigo contar as pintinhas vermelhas no seu lábio superior.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
quinta-feira, 16 de junho de 2011
u.
Assim desse jeito, como ela vem sempre, passou visita essa madrugada a amiga insônia. Veio, aos poucos. Primeiro, me fez pensar e repensar nos problemas. Poucos, rasos, mas ao mesmo tempo preocupantes, cansados. Organizei as ideias. Respondi aos problemas. Me arrumei.
Depois veio ele. Como em tudo agora, veio ele. E aquela coisa nova e fresca de quem está descobrindo os gostos, os jeitos, os tipos, os sonhos, as pirações, os desejos, o cheiro, o beijo, o encontro e ainda mais.
Lembrou de enumerar as coisas nele que mais gosta. O nariz, o sorriso, a orelhinha e os ombros com sardas. As piadas, o jeitinho de fazer graça, o charminho ao dizer e a delicadeza ao olhar. A verdade ao olhar, o jeito de pedir, as mil maneiras de beijar. E ainda tinha muito mais nele, tinha muito mais dele. Tinha a tatuagem, a necessidade de vida, a quantidade de sonhos contidos e desejos divididos.
Os desejos compartilhados, e os velados, e os meio-ditos, os meio-não-ditos. Todos eles faziam todo o sentido. Todos eles tinham uma necessidade imensa de dividir. E, ainda mais que isso, precisavam de gente pra sonhar junto.
Lá estava eu, sonhando junto. Sonhando junto com a realização dos desejos todos. Pensando no que eu posso fazer para ajudar. Estava já pensando nos problemas dele - é a tendência natural da insônia, abarcar os problemas do mundo, que precisavam ser resolvidos ontem, mas acabaram ficando para amanhã.
E ela e ele já conversaram sobre isso. Eles dois sabem bem que ontem e amanhã não se resolve problema. Eles já sabem bem que se tudo não for exatamente como está hoje, bom e delicioso, talvez não seja igual depois, e talvez sequer seja depois.
E foi pensando bem nisso que eles dois decidiram que iam conhecer melhor essa coisa toda, onde se misturavam paixão, carinho e tesão. Uma coisa que ela só sentiu mesmo, mesmo, com ele. Um misto que era, de verdade, sentido em cada poro e pela primeira vez.
Não foi assim com os outros. Sempre foram duas dessas variáveis. Três jamais.
E eram possíveis que se misturassem as três. Lá estavam elas. Juntas e irremediavelmente inseparáveis.
E lá estava eu. Irremediavelmente feliz. Feliz de uma eternidade de possibilidades, de um sem número de sonhos.
No estômago, Panapaná.
E olha que ele sequer sabia se panapaná era flor ou um tipo de echarpe.
Depois veio ele. Como em tudo agora, veio ele. E aquela coisa nova e fresca de quem está descobrindo os gostos, os jeitos, os tipos, os sonhos, as pirações, os desejos, o cheiro, o beijo, o encontro e ainda mais.
Lembrou de enumerar as coisas nele que mais gosta. O nariz, o sorriso, a orelhinha e os ombros com sardas. As piadas, o jeitinho de fazer graça, o charminho ao dizer e a delicadeza ao olhar. A verdade ao olhar, o jeito de pedir, as mil maneiras de beijar. E ainda tinha muito mais nele, tinha muito mais dele. Tinha a tatuagem, a necessidade de vida, a quantidade de sonhos contidos e desejos divididos.
Os desejos compartilhados, e os velados, e os meio-ditos, os meio-não-ditos. Todos eles faziam todo o sentido. Todos eles tinham uma necessidade imensa de dividir. E, ainda mais que isso, precisavam de gente pra sonhar junto.
Lá estava eu, sonhando junto. Sonhando junto com a realização dos desejos todos. Pensando no que eu posso fazer para ajudar. Estava já pensando nos problemas dele - é a tendência natural da insônia, abarcar os problemas do mundo, que precisavam ser resolvidos ontem, mas acabaram ficando para amanhã.
E ela e ele já conversaram sobre isso. Eles dois sabem bem que ontem e amanhã não se resolve problema. Eles já sabem bem que se tudo não for exatamente como está hoje, bom e delicioso, talvez não seja igual depois, e talvez sequer seja depois.
E foi pensando bem nisso que eles dois decidiram que iam conhecer melhor essa coisa toda, onde se misturavam paixão, carinho e tesão. Uma coisa que ela só sentiu mesmo, mesmo, com ele. Um misto que era, de verdade, sentido em cada poro e pela primeira vez.
Não foi assim com os outros. Sempre foram duas dessas variáveis. Três jamais.
E eram possíveis que se misturassem as três. Lá estavam elas. Juntas e irremediavelmente inseparáveis.
E lá estava eu. Irremediavelmente feliz. Feliz de uma eternidade de possibilidades, de um sem número de sonhos.
No estômago, Panapaná.
E olha que ele sequer sabia se panapaná era flor ou um tipo de echarpe.
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