quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Estranho Amor.

"Não quero sugar todo o seu leite
Nem quero você enfeite do meu ser
Apenas te peço que respeite
O meu louco querer

Não importa com quem você se deite
Que você seja se deleite seja com quem for
Apenas te peço que respeite
O meu estranho amor"

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O Anjo Pornográfico.

Tem como não amar Nelson Rodrigues? Tem como não amar aquele anjo pornográfico?
Um homem que conseguiu estar sempre, absolutamente sempre, anos luz a frente do seu tempo; um homem que fez muito mais barulho sozinho do que toda uma nação unida, lá nos idos de 1900 e vovó de peitinhos duros, e ainda afirmava "O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder se imbecil para todos, melhor ainda"; um homem que entendia de paixão de uma maneira tão sublime, que se apaixonava, sempre, cada vez mais, como se fosse a última vez... Dizendo com clareza tal, que até mesmo uma cabra seria capaz de compreender, "Sem paixão não se chupa nem um chicabom".

É uma história tão visceral, tão apaixonante, tão intensa e tão possível, embora tão ingrata, que leva a uma reflexão das atitudes frente a desgraças absolutas numa vida de glórias e derrotas infinitas.
Eu sei que é de 1992, eu sei que muita gente já leu... Mas que o livro do Ruy Castro (O Anjo Pornográfico) devia ser leitura obrigatória para todo estudante de jornalismo desse país, não há dúvida.
Ahhhh... Quem me dera poder obrigar essas pessoas a ler!!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Ódio.

E se é pra falar em gênios, conheci hoje uma frase atribuída ao Paulo Francis que diz "Não levo ninguém a sério o bastante para odiá-lo".
Engraçado que às vezes eu fico tentando entender o porque da minha falta de desafetos. No sentido claro de que todos, sempre, por um ou outro motivo, odeiam.
Eu, no máximo, gozo. Gozo do prazer de ver uma pessoa infeliz se torturando pela incapacidade de alcançar a magnitude da felicidade completa e sem reservas. Me embriago da alegria de sentir aquele que não me adora mudando a expressão, ruborizando, simplesmente pela minha presença pretensiosamente irritante e marcante e debochada.
Mas ódio, daqueles de corroer as entranhas, de impedir o sono, de desejar qualquer mal, ahhh! esse não me compete! Não dá para levar ninguém assim tão a sério, não dá para considerar devaneios desamores reais.
Os que odeiam tem muito pouca força. Pra vida, pra tudo. Não sei ser assim. Ainda bem!

Cazuza.

Existem os inteligentes, os simpáticos, os cativantes, os estudiosos, os técnicos, os esforçados e existem os gênios.
Dos gênios, salvamos vários, que seria incapaz de listar todos os que me tocam com força.
Mas sem dúvida, se há um que "me entenderia", Cazuza foi essa pessoa.
Gênio. Incuravelmente maravilhoso, fantástico e pleno. Gênio!!

"Tô cansado de tanta babaquice, tanta caretice, e dessa eterna falta do que falar".

Precisa de tão pouco pra ser tanto? Qualquer um é capaz de fazer tanto com tão pouco?
Gênio. Eterno.

Tenho certeza que esse amava como eu, infinitamente. "Tranquilo, com sabor de fruta mordida."



"Pra poesia, que a gente não vive, transformar o tédio em poesia"...

Boa noite, meu amor.

O ar bucólico que te cerca deve estar deveras agradável. Tudo que eu queria era uma noite na fazenda, com calma, cama, estrela e lua cheia. Uma noite na praia com calma, cama, estrela e lua cheia me caía também muito bem. Bastante condizente seria ainda uma noite na cidade com calma, cama, estrela e lua cheia.

Hoje a lua está crescente. Mas linda. Quando a vi nascendo, renasci. Sempre me dou a chance de nascer de novo, como a lua, todos os dias. Aproveito a fase dela, crio a minha. Hoje vou crescer, como a lua. Amanhã renascer ainda maior, mais bela, mais plena.

Dança comigo, olhando da lua. Dança comigo, trocando carinhos. Dança comigo, 'till the end of love...

domingo, 17 de janeiro de 2010

Cinco Horas.

Como é verão ainda faz noite alta, e posso ver, em sua melhor performance, as estrelas que brilham docemente.
O sono ainda não veio, embora a essa altura um e outro bocejo sejam inevitáveis.
Não tenho pretensão de dormir. Já rolei na cama por tanto tempo, que se tivesse, enquanto isso, assistido um filme, já teria acabado.
Esse momento de puro tédio e impaciência vai tomando o lugar da alegria de uma boa insônia. Talvez eu devesse parar de pensar. Desligar um botão,e, click, pensar no vazio.

Quatro Horas.

Estava sufocada de mim. Precisava respirar uma lufada de ar fresco, precisava te exalar, te exaurir. Eu não conseguiria dormir com você assim tão dentro.
Levantei da cama e tirei a roupa com raiva, joguei no chão do banheiro e tomei um banho gelado. Um banho gelado daqueles de renovar, um banho gelado em todas as suas formas. Gélido de um breu de quatro da madrugada de uma noite sem lua e com poucas estrelas no céu.
Sai e, ainda ensopada, enrolada na roalha, desci as escadas, desliguei o alarme, corri até a cozinha e me embebedei de água fria.
Aos poucos o ar foi voltando, aos poucos você foi se pondo. Subi e me enfiei numa lingerie bonita e sentei para escrever.
Parei antes do fim da primeira linha. Ainda sufocava. Abri a janela e senti todos os poros do meu corpo se relaxando ao inalar o ar da noite.
Enquanto o ar ia penetrando no meu corpo, você ia saindo. Pouco a pouco fui recuperando olfato, visão e a letra parou de embolar. Senti tanto meu corpo que veio a vontade de um espirro. Parecia que era você, finalmente pedindo para sair.
Eu poderia até permitir que por um momento você me falatsse, mas jamais deixaria que fosse embora de vez. Prendi aquele espirro como uma mãe prende um filho em seus braços, ou um avaro segura uma moeda em sua mão.
Permitira que me tirassem qualquer coisas, exceto a eterna chance de sonhar. Poderia suportar até o sufocamento, mas nunca a liberdade absoluta.
Sou a eterna detenta da paixão e da poesia, dependente maior da existência do ideal irreal. Sou a mais sonhadora entre as mulheres e a mais feliz de todas elas.

Três Horas.

Você estava apenas meio enganado quando supôs que eu perderia o sono e me poria a escrever. Depois do primeiro telefonema não tive forças suficientes para sair da cama. Qualquer que fosse o motivo seria pequeno perto do meu cansaço, que, mais que físico, é hoje sentimental.
Vou explicar porque nomeei assim, sentimental: acontece que quando você se enjoa de amar e ao mesmo tempo se enjoa de não amar, verdadeiramente o enjoo é a você próprio. É o caso. Ando enjoada de mim. Não consigo ser mais tudo aquilo de passional e ao mesmo tempo hoje já faz parte de mim, querendo ou não, a poesia de maneira intrínseca.
Vou voltar então para o seu meio engano. Acontece que após dar um sossega leão no cansaço físico, ainda havia o amor, ainda sentia cada batida do meu coração, ainda falava com você de maneira ofegante. Talvez você tenha notado, mas me faltou o ar enquanto lia Clarisse.
Após o segundo telefonema tudo se acalmou, ficou o frio na barriga, o desejo do beijo não dado, mas eu já podia respirar e não estava tão cansada.
Acendi a luz do abajour vermelho. Você devia estar aqui para ver meu quarto todo vermelho, meu corpo suado numa camisola leve, uma aura de calor que estava dentro de mim e emanou para o ambiente.
Nesse segundo momento precisei escrever. Achei que tiraria esse nó da gargante, mas ainda não passou. Tampouco o frio na barriga.
Não sei como é que você mexe assim comigo, não sei como você tem toda essa força. Você nunca fez esforço para isso. Tudo culpa dos meus próprios sonhos, das minhas ilusões, das minhas letras, da minha luz vermelha, da minha mania de ouvir Dido, da minha necessidade de amor e poesia.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Um ano.

Hoje faz um ano que nos conhecemos. Algumas vezes acho que parecem dias, outras, décadas.
Já te amei e te esqueci, e te amei, e te esqueci, e te amei, tantas e tantas vezes nesses trezentos e sessenta e cinco dias, que não entendo nem mesmo a mim.
Não entendo de onde nasceu tanto amor. Se foi aquele cheiro de mar, se foi a manhã de sol mais linda que eu já vi na vida, se foi aquele seu jeito despretensioso de sorrir de lado e me fazer sentir a pessoa mais especial da terra.
Sei que desde o primeiro segundo, desde que cruzamos os olhares e que senti aquele seu cheiro de banho, aquele seu cheiro de limpo, nunca mais consegui definir a palavra paixão.
É indefinível, nosso sentimento, nossa ligação, nosso elo. É incabível, é errado, é maravilhoso, é encantado e é sempre. E é só nosso.


"Ask me where I go tonight,
I go back to today last year.
Me and you
to make each other happier,
now theres hope
with everything."


Viu só, quando te disse que a Dido tinha sempre algo a dizer?
Estou indo, pra perto.
Não para você. Já não posso ir para você.
O tempo passou, passamos os dois.
Mas sempre estarei perto, sempre estarei junto, sempre estarei dentro.

amor,
L.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

UFF!!!!!!!!!!!!!!!!!

PASSEIIIIIIII PASSEI PASSEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
yoooooooooooooooooooooooooooooooo
que o mundo se PIIIIIIII, e o meu PIIIIIIIIIIII, PIIIIIIIIIIII.... ahuahuhauuha
tá demais hoje.
ui, to bêbada... tô tão desconcentrada hoje...

Sem Propósito.

Não entendo o despropósito de alguns; ou falta mínima de percepção. Chamem como queiram...
Não quero uma tarrafa social, uma pequena rede limitada aos bons e poucos me basta.
Não foi por nenhum outro motivo que deixei por um tempo. Foi exclusivamente para passar a ter para mim só os melhores.
E então, ainda pondo todas as dificuldades e deixando isso bastante claro, as pessoas insistem. Puta madre!
Só os melhores.
Ok, assim eu resolvo dizendo não; assim eu resolvo dizendo remover.
Grosseiro, desnecessário... Mas culpa de quem não sabe ler.

***

Sem propósito é um assunto tão banal ocupar mais de cinco minutos do meu dia. Completamente sem pé e nem cabeça.
Vai ver que é porque eu estou com pouca coisa para me preocupar...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Acontecendo.

Numa música sua você diz que a vida ainda está para acontecer.
A minha está acontecendo, rápido demais, eu diria.
Tudo, ao mesmo tempo, bem do jeitinho que eu gosto.
E não é só você, que é a parte mais apaixonante; é o tudo...
Sabia que essa frase de "ainda" competia apenas a 2009.
2010 começou e agora, juro!, ninguém me para!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Capítulo I - 4 meses em 15 dias

A meia noite do dia 31 de dezembro comeu doze uvas. Para cada uma delas, um pedido. Para cada pedido, uma torcida verdadeira.
Nenhum deles foi em vão. Nem mesmo o "Alegria!, alegria!, alegria!" de Outubro, Novembro e Dezembro.
Descontando esses três, que são inerentes a todo o ano, e só podem ser realmente concluídos quando o ano terminar, quatro já foram (ou quase).
O Theodósio, a UFF, o trabalho e o novo amor.
Incrível.

Se ela soubesse que seria assim tão mais fácil planejando e correndo atrás de verdade, teria feito isso nos anos anteriores.

Poesia.

Se for para trazer mais poesia, pode entrar. Entra que a casa está aberta, e tem bolo assando para esperar você. Entra com toda essa lareira, esquenta ainda mais o meu verão. Chega, mas não precisa vir manso, vem de peito aberto. Eu sou o mar. Navega, clareia, incendeia. Traz um sentido novo, traz cor e traz música! Vem com essa sua música, que eu tenho certeza que vai ser nossa.
Em um monte de lugar eu procurei você. Não podia acreditar que seria aqui, dentro de mim, olhando no espelho. Não dá para acreditar nas semelhanças, você e ele; você e ela.
Quero você sem juízo, sem amarras. Quero você com juízo também. Mas quero sem amarras. Entra na água, contempla, aproveita para respirar fundo, lavar o rosto com água salgada, lavar a alma. Aproveita para amar.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Gosto de mim.

Já não sou mais tão magra como há três anos, tampouco tão cheia de curvas como há dois. Hoje gosto bastante do espelho. Mais pelo que ele não mostra, mas eu juro poder ver. Ainda assim, gosto mesmo muito dele. Gosto dos braços finos e longos, das pernas também finas com as coxas lisas. Não gosto muito dos joelhos, mas gosto da penugem dourada e escassa que surge acima dele. Acho que ninguém gosta dos joelhos, mas ainda assim gosto das coxas magras. E das canelas não gosto e ponto. Gosto das unhas. As dos pés e das mãos. Gosto porque tem um tamanho e um formato bom, gosto porque não parecem muito grandes e nem muito curtas. Gosto quando estão compridas, mas gosto também quando estão curtas. Acerca dos pés e mãos não tenho opinião. Alguns dias acho lindos e delicados, e em outros os detesto, vorazmente. Gosto da barriga, que não é definida e nem magra, mas é lisa e dourada, e do umbigo perfeito e das costelas que sinto quando toco. Gosto dos peitinhos miúdos que cabem nas palmas das minhas mãos miúdas. Gosto especialmente quando os toco, mas nem tanto quando os olho. Gosto da nuca e do pescoço, quando estão suavemente hidratados ou quando suados, ensopados. Não gosto do bumbum. Não gosto porque não há bumbum. Quase, ao menos. No rosto gosto de tudo, mas às vezes acho que não se combinam olhos, nariz e boca. Detesto um dos dentes. Um apenas. Os demais estão ok. Gosto das dobras pequenas, nas costas, na cintura, no ventre. Gosto. Mesmo. E amo, indiscriminadamente e sem alguma modéstia os cabelos. Amo porque são vivos, quase tanto quanto os olhos de observar, os ouvidos de ouvir e a língua de matracar. Vivos e sem cor definida. Dependem da estação. São loiros, ou quase isso, no verão. E são castanhos, ou ainda mais, no inverno. Gostei de desvirginá-lo, e gosto de cortá-lo. Gosto por saber que ele vai crescer, e sempre sempre ser lindo e cheiroso. Gosto quando ele dança, e gosto quando exala.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Gripe.

É noite e faz calor. É como se eu sufocasse. A garganta está seca, e arde. É o princípio da gripe. Uma gripe ingrata, num momento inóspito. Tudo que eu não precisava para essa semana.
Parece que ela decidiu me visitar, mesmo. Não vai ter para onde correr.
Queria estar durante todo o dia jogada na cama, com filme, carinho, mimo, chocolate, ar condicionado.
Parece que isso ia me curar. Será?
Acho que preciso de amor para curar. Muito amor.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Céu de Verão.

Azul crescente, estrela cadente, lua minguante, solidão errante.
A noite teima em ser dessas lindas, iluminadas, insólitas.
E me leva para lugares distantes...
Para uma praia um pouco longe daqui, para um tempo bem distante.
Que são seis anos afinal? Seis?! Mas tudo isso??
Devo estar fazendo conta errada... Não é possível.
É. É possível, e é verdade.
Me fez lembrar daquela noite, deitada na grama do jardim. Tocava Los Hermanos, tinha lua cheia, e o céu estava bonito assim.
Não tenho um amor como aquele, pueril, desde então.
Foi a última vez que amei só com amor, sem tesão.
Foi o último suspiro de menina sem mulher. De um rosa sem vermelho.
Era um rosa bonito... Mas aaah! Ficou bem melhor com o vermelho. Sem dúvida.
Talvez se tivesse permanecido o rosa as coisas também estariam ainda daquele jeito.
Nossa! Ainda bem que hoje sou cem por cento vermelha.
Não suportaria olhar pra mim e ver aquela menina fracassada, sombra.
Não tem espírito de sombra. Jamais poderia ser feliz assim.
Hoje me parece tão óbvio? Por que será que naquela noite era tudo o que eu queria?
Era tudo que eu sonhava ser...
Incrível!

UFF.

Parece que entre todas as pessoas do mundo eu sou a que mais se preocupa com esse bendito resultado do vestibular. Sou a única que passa o dia apertando F5 para ver se há novidades!
Gosh! Essas pessoas não passaram o ano todo em função disso? E onde elas estão agora? Na praia, se divertindo, batendo papo e jogando war?
Não me conformo. Todo mundo devia se descabelar JUNTO comigo.
Ou pelo menos todo mundo que vai passar...
Shit!

sábado, 2 de janeiro de 2010

2010 Feliz.

"Vem pra misturar juízo e carnaval;
vem trair a solidão.
Vem pra separar o lado bom do mal;
e acalmar meu coração"

Aos meus três leitores.

leitor n° 1: Faça por favor alguma consideração, ainda que por e-mail. Não some assim. É ano novo...
leitor n° 2: Vê se me dá um pouco de atenção, e volta logo do mercado!
leitor n° 3: Eu abri os comentários do blog. Fique a vontade...

Vee Kuan.

Disse que não ia ao mercado. Queria ficar vendo o filme na TV...
Ai não sei bem porque foi que eu decidi sentar no computador.
Foi por causa do comercial, isso mesmo! O comercial.
Dai fui ler os e-mails; e tinha um e-mail de um grande amigo, lá do outro lado do mundo, contando que estava no Vietnam e no Camboja ajudando a construir banheiros em vilarejos.
Aquilo me tocou de uma forma muito forte. O que eu teria para contar de volta?
Que estou passando no vestibular, ou que o restaurante vai abrir? Que faltam pouco mais de quinze dias para o encontro dos amigos?
Nada se compara com ajuda humanitária, o Camboja, perrengue.
Pelo menos tenho a sorte dele me escrever dividindo isso tudo comigo. Já é uma grande coisa.
Ai fui ao facebook para olhar as fotografias que ele me pediu que olhasse. São lindas, mesmo.
E tudo isso sem falar na verdade que elas passam.
Fotografia é uma das artes que me encanta. Queria estudar fotografia um dia...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Ane.

Ane é a nova Dido. Não que a Dido tenha deixado de ser Dido, mas a Ane também toca agora durante as noites. A Ane toca também quando estou lendo. A Ane toca até quando eu olho para a lua cheia, ou quando olho Orion tão mejestosa.
Dido deve estar com ciúmes. Vai ver que é por isso que não me dizia nada há dias. Ontem ela decidiu falar. Mas tem a ver com o dia 16. Falou antes da hora.
Guardo, não tem problema.
Ane também não faloooou, assim, por assim dizer. Mas pelo menos me deixou sem ar. E deixar sem ar, convenhamos, é sempre falar.
Ane tem a cara do Theo. Só imagino o Theo, e a Ane e a Dido. E os cosmos, e eu. Ah! Falta tão pouco. Pena que faltará o eu.
Pena nada, eu vou estar gastando meu tempo com 'migo'. Criando, projetando, trabalhando, conhecendo. Ai. Tenho tanta gente para conhecer, tanta coisa para fazer.
Não quero dinheiro (eu só quero amar), só quero entrar. Entrar nesse ciclo maluco.
Ane me ajuda. Só que preciso de um iPod novo. O meu já nem aguenta mais a ponte. Vai ser um ano de muita música e muito livro. Vai ser um ano de muita coisa.
Muita letra... Já estou até vendo.
Vou tomar mais um banho de alma, vou olhar a lua. A lua está incrível hoje.

Subir.

Gostei dessa palavra. Vou continuar repetindo-a, ligada a 2010! Sempre sempre.
Sucesso, crescimento. SUBIDA!

Adorei.
Adorei saber que tudo que virá vai ser para me fazer crescer.

Vem!

Escrever.

Cansei de ficar longe das letras.
Só porque o ano começou eu acho melhor voltar a elas, com novas inspirações.
Ver se eu deixo essas pirações, se saio dessa paranóia.

Cansei de ficar longe de mim.
Vou aproveitar que a vida deu um novo suspiro, e ver se me transfiro.
Ver se me transfiro para uma realidade minha, toda minha, nua.

Não cansei foi de nada.
Cansado é coisa do passado.
Ano novo, novo tudo. Novos ares, novos cansaços.
NOVOS AMORES, novos odores, novas flores na cabeça, na pintura, no coração.

Estou nova para tudo.
Nova para até me cansar.
Mas por hoje não vou cansar de nada.
Vou é ser feliz, até enjoar.
Ai, tomo um banho, troco a música e a cor dos esmaltes.
E ai vou ser feliz outra vez!


Vem 2010! Vem para abrir isso tudo!
Vem para ser o MEU ano. Para acontecer.
Vem porque esse ano eu vou subir no balcão para dançar,
subir no sofá para pular bem alto, subir na escala de sonhos/alcances.

Colorblind.

"I am ready, I am ready, I am fine..."

I AM RED, I AM RED, I AM FINE!

Tudo novo de novo!

Vamos estourar os champagnes, vou me embriagar de mim mesma. Hoje eu quero subir na mesa, subir no queijo, subir na vida. Hoje eu quero que o mundo acabe numa taça de cosmo, que a vida comece num beijo. Num beijo eterno cheio de tesão, de calor e de alegria. Hoje quero que o mundo fique cheio de purpurina, de música, de vermelho!